PUBLICADO EM 11 de maio de 2023
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O rendimento médio se recuperou em 2022 graças ao mercado de trabalho e ao Auxílio Brasil

No ano de 2022, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$1.586, tendo uma alta de 6,9% em relação a 2021, que registrou o menor valor da série histórica desde 2012, no valor de R$1.484. Com isso, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita aumentou em 7,7% em comparação ao ano anterior, chegando a R$339,6 bilhões.

A região Nordeste manteve o menor rendimento médio mensal domiciliar per capita, que é de R$1.011, enquanto a região Sul possui o maior valor, atingindo R$1.927. A proporção de pessoas com rendimento na população do país cresceu de 59,8% em 2021 para 62,6% em 2022, sendo essa a maior proporção da série histórica que teve início em 2012.

O rendimento médio real de todas as fontes aumentou em 2,0% em relação a 2021, alcançando R$2.533, que é o segundo menor valor registrado desde 2012. No entanto, o rendimento proveniente do trabalho (R$2.659) apresentou uma queda de 2,1%, enquanto o rendimento de outras fontes (R$1.657) aumentou em 12,1%.

Entre 2021 e 2022, a massa do rendimento mensal real proveniente de todos os trabalhos subiu em 6,6%, chegando a R$253,1 bilhões. Essa recuperação ocorreu após as perdas de 5,6% em 2020 e de 3,2% em 2021, que foram ocasionadas pela pandemia.

Houve uma diminuição significativa (de 15,4% para 1,5%) na proporção de domicílios com algum beneficiário de outros programas sociais, incluindo o auxílio emergencial. Em contrapartida, a proporção de domicílios com algum beneficiário do Auxílio Brasil/Bolsa Família aumentou (de 8,6% para 16,9%). Essas oscilações podem ser resultado de migrações entre benefícios ou dificuldades dos informantes em identificar corretamente qual benefício estão recebendo.

Em 2022, o rendimento médio mensal do 1% da população com maior renda (rendimento domiciliar per capita mensal de R$17.447) era 32,5 vezes maior que o rendimento médio dos 50% com menor renda (R$537). No ano anterior, essa razão era de 38,4 vezes.

A desigualdade de renda diminuiu tanto na população em geral quanto na população ocupada. O Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita caiu de 0,544 para 0,518, enquanto o Gini do rendimento proveniente de todos os trabalhos diminuiu de 0,499 para 0,486, ambos sendo os menores valores da série histórica.

O rendimento médio mensal da categoria “Aluguel e arrendamento” apresentou uma queda de R$1.989 em 2021 para R$1.755 em 2022, sendo esse o menor valor registrado na série histórica.

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