Especialistas alertam que o Brasil vive o início de uma nova onda da covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém estado de alerta. Agora, o Brasil volta a ver aumento de casos e internações relacionados à pandemia. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) explica que a maior circulação do vírus, esperada para o próximo período, tem relação com a circulação de uma subvariante BQ.1 da ômicron no país. Estados como Rio de Janeiro, Amazonas e Rio Grande do Sul já detectaram o vírus.
Além de possívelmente mais transmissível, a nova variante chega em meio ao fim das medidas de controle do covid-19. Então, de acordo com o cenário, especialistas sugerem a retomada do uso de máscaras em lugares fechados. Soma-se a isso a proximidade com o fim de ano, com aglomerações associadas a movimentações de férias e festas.
Recapitulando rapidinho:
– Temos indícios claros de uma nova onda de covid-19 aqui no Brasil;
– O número de testes para covid-19 nunca foi tão baixo por aqui, o que indica que não estarmos vendo todos os casos quando olhamos pra dados oficiais;+— Isaac Schrarstzhaupt (@schrarstzhaupt) November 7, 2022
Subvariante em circulação
A Fiocruz anunciou o primeiro caso da subvariante no país na última sexta-feira (4), no Rio de Janeiro. Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou a informação. Nos últimos 15 dias, o número de internados aumentou de 14 para 44. A maioria das pessoas que necessitam de cuidados médicos ou não se vacinou, ou não tomou as doses de reforço. Dos internados na capital fluminense, 98% não tomaram as quatro doses.
Além disso, preocupa o aumento da transmissão entre crianças. Dos 44 internados no Rio de Janeiro, 12 são crianças. Cientistas argumentam a necessidade de manter a vigilância sanitária em alerta. O aumento de casos não é perceptível apenas no Brasil. A Europa vive um aumento de casos e internações desde outubro, possivelmente relacionados com a subvariante da ômicron.
Pelo mundo
Não se trata de um alarme tão elevado como nas ondas anteriores, quando as mortes chegaram a ultrapassar as 3 mil diárias no Brasil. Contudo, permanece o alerta. “Ainda que não estejamos na mesma situação que passamos há um ano, está claro que a pandemia de covid-19 não acabou. Infelizmente, vemos os indicadores subirem de novo na Europa, o que sugere o início de uma nova onda de infecções”, afirmou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) em comunicado do dia 17 de outubro.
A principal estratégia, além do uso de máscaras em lugares fechados, é reforçar a importância da vacinação. Nas últimas ondas de impacto da covid-19, a Europa antecipou a explosão de impactos no Brasil em cerca de três meses. “A potencial cicirculação da covid-19 e da gripe colocará pessoas vulneráveis em maior risco de sofrer com doenças graves e morte, com um provável aumento da pressão sobre hospitais e profissionais de saúde, já esgotados por quase três anos na linha de frente da pandemia”, completa o ECDC.
Também em outubro, no dia 27, a OMS divulgou comunicado sobre a subvariante BQ.1. No texto, a entidade destaca que as vacinas seguem conferindo boa proteção contra o vírus. Contudo, ressaltou a importância da distribuição de vacinas mais modernas (bivalentes), produzidas, sobretudo, durante este ano, que possuem como alvo principal a variante ômicron. “Baseado nas mais recentes evidências, as subvariantes em maior circulação não divergem muito de outras linhagens da ômicron (…) De acordo com o que sabemos, a proteção conferida pelas vacinas seguem reduzindo maior impacto e maior gravidade da doença”.
Segundo especialistas, tanto a BQ.1 quanto a BQ.1.1 descendem da BA.5, que é alvo de uma das vacinas bivalentes da Pfizer, e é bastante plausível considerar que os reforços atualizados oferecerão boa proteção contra essas e próximas variantes. https://t.co/epBPfaXeDl
— Mellanie F. Dutra (@mellziland) November 1, 2022
Fonte: Rede Brasil Atual