PUBLICADO EM 15 de fev de 2023
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No Uruguai, presidente de sindicato é vigiado de forma ilegal

Marcelo Abdala, presidente da central sindical uruguaia PIT-CNT é vigiado de forma ilegal

Marcelo Abdala, presidente da central sindical uruguaia PIT-CNT é vigiado de forma ilegal

Funcionários do governo uruguaio estão envolvidos na vigilância ilegal de Marcelo Abdala, presidente da central sindical uruguaia PIT-CNT. A entidade estuda uma ação política e jurídica em defesa da democracia, da República e das liberdades.

A central sindical uruguaia PIT-CNT constatou que seu presidente Marcelo Abdala está sendo vigiado ilegalmente por funcionários do governo do Uruguai. O funcionário Alejandro Artesiano, ex-chefe de segurança presidencial, é a pessoa que está vigiando Abdala.
O caso foi revelado pela imprensa uruguaia que divulgou áudio de Alejandro Artesiano confirmando que ele usava câmeras de vigilância do Ministério do Interior para seguir a rota de Abdala em uma via pública depois que ele se envolveu em um acidente de trânsito em fevereiro de 2022.
A secretaria executiva do PIT-CNT diz que isso “viola os direitos individuais e as liberdades civis e põe em questão a qualidade democrática do Uruguai”.
Em comunicado, qualificou o incidente como “extremamente grave”, uma vez que os recursos e equipamentos do Estado foram utilizados para “fins espúrios” e em total conflito com os interesses que deveriam nortear a atuação dos governantes.
A secretaria-executiva da central está estudando a possibilidade de atuação política e/ou jurídica a nível nacional e internacional em defesa da democracia, da República e das liberdades.
O secretário regional da IndustriALL para a América Latina e Caribe, Marino Vani, se manifestou e disse:
“Nos solidarizamos com nosso colega metalúrgico e dirigente sindical uruguaio, Abdala, assim como com as lideranças dos sindicatos e da central sindical uruguaia. Isso é um ataque às liberdades individuais e coletivas dos trabalhadores.
Lamentamos que políticos e funcionários do governo uruguaio utilizem o aparato estatal para práticas ilegais e antidemocráticas. Espero que isso não se repita e que os responsáveis, em todos os níveis, sejam responsabilizados”.

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