Foto: Sindimetal-ES

Os metalúrgicos que atuam no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) já podem comemorar. Após 10 dias de braços cruzados e muita pressão sobre a empresa, a negociação salarial dos trabalhadores chega ao fim com avanços importantes na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A decisão de dar fim ao movimento paredista foi tomada na manhã desta quinta-feira, 23, em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos no Espirito Santo(Sindimetal-ES), em frente à portaria do estaleiro, em Aracruz. Os metalúrgicos, por ampla maioria, aprovaram a proposta apresentada ontem em reunião realizada entre o Sindimetal-ES e a bancada patronal (Sindifer e Jurong) e decidiram retomar as atividades.

Entre os avanços obtidos estão:

– Reajuste salarial de 13,42%, sendo 10,42% referentes à inflação do período – calculada pelo INPC e mais 3% de ganho real, para quem recebe os pisos;

– Reajuste salarial de 10,42%, equivalente a 100% da inflação, para quem ganha salários de até 12 mil reais;

– Reajuste salarial de R$ 625,00 fixo para empregados com salários acima de R$ 12 mil;

– Aumento de 15,39% no cartão alimentação para todos os empregados;

– Reajuste no plano de saúde custeado pela empresa;

– Abono de todas as horas paradas;

– Manutenção de todas as demais cláusulas da CCT.

Para o Sindimetal-ES, o resultado da pressão exercida pelos trabalhadores, além de ser uma grande vitória, confirma a importância de os trabalhadores estarem junto ao Sindicato para lutar por seus direitos.

Vale lembrar que a Jurong iniciou a negociação salarial oferecendo apenas 7% de reajuste nos salários dos empregados com remuneração de até R$ 9 mil, 4,5% para os trabalhadores com salários de até R$ 12 mil e um reajuste fixo de R$ 320,00 para os empregados com salários acima de R$ 12 mil. Para o cartão alimentação, a empresa havia proposto aumento de somente R$ 30,00 e negado todas as demais reivindicações dos metalúrgicos.

O Sindimetal-ES parabeniza todos os trabalhadores que cruzaram os braços e demostraram que só conquista quem luta e que a união e a mobilização dos trabalhadores são as ferramentas mais eficazes contra a intransigência das empresas.

Fonte: Sindimetal-ES