Por Marcos Aurélio Ruy
Além da pandemia, o Brasil sofre com um governo voltado para o estrangeiro e para os mais ricos. Sofre com um conservadorismo cego, hipócrita, contra a vida e contra o sentido humano de viver.
As músicas são um remédio não para estancar a luta, mas para avivar o sentimento de pertencimento, de justiça, de amor e de unidade para derrotar o obscurantismo, o autoritarismo e a fome criada pela ganância e pela ignorância de uma elite torpe.
Tiago Araripe
Tiago Araripe adotou São Paulo, vindo de Recife, nos anos 1970. Encontrou-se com a turma Lira Paulistana, teatro que juntou inúmeros talentos independentes nas décadas de 1970/80.
Mais uma música do novo álbum de Tiago Araripe vem à tona e chega às plataformas de streaming, com a participação especial da cantora Vânia Bastos. Vem acompanhada de um clipe com cenas captadas em 11 países pelo diretor e fotógrafo Augusto Pessoa. Foi inteiramente gravada à distância, na Itália (Roma), Portugal (Lisboa, Bombarral) e Brasil (São Paulo, Recife), com mixagem e masterização em Fortaleza. “’Lugar ao Sol’ nasceu nesse prolongado estado de impermanência em que vivemos”, diz ele no release sobre seu trabalho mais recente.
Lugar ao Sol (2021), de Tiago Araripe; canta com Vânia Bastos
Pacha Ana
A rapper matogrossense, Pacha Ana mostra a sua força melódica e poética com um trabalho singular voltado para a liberdade e para a igualdade de direitos.
Mandaram Me Buscar (2021), de Pacha Ana
Chico Buarque
O clipe da canção Paratodos, de Chico Buarque, lançado no dia da Independência, no ano passado, nos leva a refletir sobre o país que queremos para as futuras gerações. Com tem arranjo de Carlinhos Antunes e Gabriel Levy para a Orquestra Sinfônica da USP e CORALUSP. Além de Chico, participam Anastácia, Kaê Guajajara, Negra Li, Taiana Takeua.
Paratodos é um canto à diversidade e ao respeito pela vida e por todas as pessoas. Chico conta que cantava o seu estribilho para ninar suas filhas e teve a ideia de fazer essa canção.
Paratodos (1994), de Chico Buarque
Carlos Puebla
Conhecido como o Cantor da Revolução Cubana, Carlos Puebla (1917-1989) é um dos grandes compositores da ilha caribenha, que luta contra um embargo desumano há décadas. O socialismo cubano sobrevive e mantém o país como referência mundial em muitas questões, principalmente na educação e na saúde na solidariedade. Calos Puebla significa tudo isso em sua obra.
Aqui uma linda homenagem a Ernesto Che Guevara (1928-1967), um argentino que se transformou num dos mais importantes líderes da Revolução Cubana, assassinado na Bolívia, em 1967, pelo exército boliviano, sob as ordens da CIA (serviço de inteligência dos Estados Unidos).
Hasta Siempre Comandante (1968), de Carlos Puebla; canta com De Los Comanches
Mariuza
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