Na última sexta-feira (24), a União Brasileira de Mulheres (UBM), a Secretaria da Mulher da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), a Confederação Nacional de Trabalhadores na Indústria (CNTI) e a Rede Feminista de Saúde protocolaram um ofício no Ministério da Saúde com três solicitações importantes na atual conjuntura para a vida das mulheres.
No documento constavam as seguintes solicitações: retirar a cartilha da gestante de circulação; adiar a audiência pública, que trata sobre a avaliação técnica de conduta para a prevenção, marcada para o dia 28 deste mês; avaliação e conduta nos casos de abortamento. Vale ressaltar o destaque dado a importância do envolvimento dos movimentos sociais nos debates sobre qualquer mudança de procedimentos relacionado às mulheres.
Segundo as entidades requerentes, essas questões juntas representam um grande retrocesso nos direitos garantidos e consequentemente para a vida das mulheres.
A presidenta Nacional da UBM, Vanja Santos alerta que o governo não tem interesse em garantir a participação democrática e que é necessário pressionar contra atos arbitrários que comprometem o atendimento humanizado, o acesso aos serviços e que colocam em risco a vida das mulheres e meninas.
“Precisamos estar atentas e mobilizadas. Não se trata de discutir se é contra ou a favor do aborto, tão somente, mas de subjugar as mulheres, ter o controle sobre nossos corpos, perpetuar o patriarcado e sustentar a miséria, a pobreza, e a subalternidade, instrumentos importantes para fazer sustentação do poder”, disse Vanja.
“O corpo feminino é um território em que é perpetuada a pedagogia da crueldade, que fornece as bases de sustentação do poder”, fianlizou.
Com informações da União Brasileira de Mulheres (UBM)