Motoboys organizam um novo protesto contra os aplicativos de entrega. Depois de um buzinaço em São Paulo em abril e e um protesto na Avenida Paulista no começo de junho, a categoria vai parar, em todo o país, em 1º de julho por melhores condições de trabalho em meio à pandemia de Covid-19.
Dentre as reivindicações estão o aumento no pagamento das corridas e da taxa mínima, seguro de vida e para roubos e acidentes, e um voucher para compra de equipamento de proteção individual (EPI), como máscaras e luvas.
Os entregadores também pedem o fim de bloqueios e desligamentos indevidos pelos aplicativos e o fim do sistema de pontuação, que delimita as entregas que o motoboy pode atender.
A categoria pede ainda que usuários não façam pedidos nesse dia e que atribuam nota baixa na avaliação dos aplicativos de entrega.
Reportagem da Folha, publicada em março, mostrou que as condições de trabalho dos entregadores pioraram durante a pandemia pelo risco sanitário e pelo tempo que eles gastam em supermercados para abastecer a população que está em casa.
Em meio à pandemia, Ministério Público do Trabalho emitiu nota técnica com uma série de medidas a serem tomadas pelas empresas de transporte de mercadorias e de passageiros por plataformas digitais.
O documento exige que essas companhias forneçam, gratuitamente, para o entregador álcool em gel (70% ou mais), lavatórios com sabão e papel toalha, espaço e serviço de higienização para os veículos e água potável para o consumo desses profissionais.
Segundo representantes da categoria, porém, a distribuição não é suficiente e o profissional acaba tendo que arcar com os custos da compra do EPI.
Fonte: Folha SP