PUBLICADO EM 25 de nov de 2024
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Mortes de trabalhadores humanitários bate recorde em 2024, diz ONU

Mortes de trabalhadores humanitários atingem níveis recordes em 2024, de acordo com relatório da ONU. Conflito em Gaza registra o maior número de vítimas.

Mortes de trabalhadores humanitários bate recorde em 2024, diz ONU

Mortes de trabalhadores humanitários bate recorde em 2024, diz ONU – Foto: ACNUR/Allana Ferreira

Mais trabalhadores humanitários foram mortos neste ano do que em qualquer outro ano desde que as contagens começaram, informa o escritório humanitário da ONU nesta sexta-feira (22). A maioria dos trabalhadores humanitários foram mortos no conflito de Gaza.

Até agora, houve 281 mortes de trabalhadores humanitários em 2024, de acordo com o banco de dados Aid Worker Security, que registrou incidentes que datam de 1997, contra 280 em 2023, que detinha o recorde anterior.

O banco de dados mostrou que 178 foram mortos nos territórios palestinos ocupados, incluindo Gaza. Trata-se do conflito mais mortal para as Nações Unidas. Vinte e cinco foram mortos no Sudão, mostrou o relatório.

“Essas pessoas estão fazendo o trabalho de Deus e estão sendo mortas como resposta. Que diabos?”, disse Jens Laerke, porta-voz do Escritório Humanitário da ONU (OCHA), em uma coletiva de imprensa em Genebra.

A maioria das vítimas eram funcionários locais, enquanto 13 deles eram trabalhadores humanitários internacionais, acrescentou.

Os trabalhadores humanitários gozam de proteção de acordo com a lei humanitária internacional, mas os especialistas citam poucos precedentes de casos desse tipo que vão a julgamento, com preocupações sobre a garantia de acesso futuro para grupos humanitários e a dificuldade de provar a intenção citada como impedimentos.

“Essa violência é inaceitável e devastadora para as operações de ajuda”, disse o chefe de ajuda da ONU, Tom Fletcher, em um comunicado.

“Os Estados e as partes em conflito devem proteger os humanitários, defender o direito internacional, processar os responsáveis e dar um basta a essa era de impunidade”, disse ele.

Fonte: Agência Brasil

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