PUBLICADO EM 03 de fev de 2022
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Moïse Kabagambe: centrais sindicais participarão do protesto dia 5/2 por justiça

As centrais sindicais divulgaram nota repudiando o assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, no último dia 24, no Rio de Janeiro. As lideranças sindicais dizem no texto que tal brutalidade sintetiza em um só ato o racismo enraizado em nossa sociedade, o sentimento de xenofobia que cresce com o avanço da extrema-direita e os efeitos nefastos da política neoliberal que retirou direitos trabalhistas e suprimiu investimentos na área social.

A comunidade congolesa realizará neste sábado, dia 5, uma manifestação, em frente ao quiosque onde Moïse foi morto, na praia da Barra da Tijuca, a partir das 10h, em protesto contra o crime, e pela rápida e transparente apuração e punição aos envolvidos. A família da vítima participará do ato.

Em São Paulo, o ato será às 10 horas, no vão livre do MASP. Também haverá protestos em Salvador, Belo Horizonte, Belém, além de outras cidades.

Na nota, as lideranças sindicais dizem que se somarão neste contundente pedido por justiça. “Em cada região, chamamos a somar e fortalecer os atos que estão sendo organizados”, dizem os sindicalistas no texto.

Os dirigentes sindicais ressaltam que o jovem africano era mais um dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que estão se submetendo a contratação precarizada, recebendo apenas por diárias. “Nos solidarizamos com os familiares de Moïse bem como com todos os imigrantes, sobretudo aqueles que buscam segurança e inserção social no Brasil.”

Confira a seguir a íntegra da nota:

Nota das Centrais Sindicais

Dia 5/2 vamos à luta por justiça por Moïse Kabagambe!

O assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 24 de janeiro, sintetiza em um só ato o racismo enraizado em nossa sociedade, o sentimento de xenofobia que cresce com o avanço da extrema-direita e os efeitos nefastos da política neoliberal que retirou direitos trabalhistas e suprimiu investimentos na área social.

O jovem africano que trabalhava sob contratação precarizada, recebendo apenas por diárias foi morto com chutes, socos e ao menos 30 pauladas porque por cobrar pagamentos atrasados no quiosque Tropicália, em que prestava serviço.

Em protesto contra o crime, e pela rápida e transparente apuração e punição aos envolvidos, a comunidade congolesa realizará neste sábado, dia 5, uma manifestação, em frente ao quiosque onde Moïse foi morto, na praia da Barra da Tijuca, a partir das 10h. A família da vítima participará do ato. Em São Paulo, o ato será às 10 horas, no vão livre do MASP. Também haverá protestos em Salvador, Belo Horizonte, Belém, além de outras cidades.

As Centrais Sindicais se somarão neste contundente pedido por justiça. Em cada região, chamamos a somar e fortalecer os atos que estão sendo organizados.

Nos solidarizamos com os familiares de Moïse bem como com todos os imigrantes, sobretudo aqueles que buscam segurança e inserção social no Brasil. Vamos à luta por justiça por Moïse Kabagambe. Basta de racismo, xenofobia e genocídio negro!

São Paulo, 03 de fevereiro de 2022

Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos do Brasil)
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS
Edson Carneiro Índio, secretário geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical Instrumento de Luta

 

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