Os sindicatos dos trabalhadores em empresas de TI no Paraná e Uberlândia preparam uma série de mudanças nos próximos meses.
Novo modelo de operação
Sitepd-PR, Sintipar-PR e Sinttec-MG vão mudar a operação de comunicação, recebimento de denúncias e atuação na negociação para um novo modelo já consolidado em São Paulo pelo Sindpd.
A principal mudança é a extensão do COE (Comitê de Operações Especiais) para as demais cidades como braço de enfrentamento ao descumprimento da Convenção Coletiva, através do recebimento de denúncias, pesquisa e apuração.
As ações são promovidas pela Federação Interestadual dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação (Feittinf), que já atua em outros estados como:
- Bahia,
- Mato Grosso,
- Alagoas e
- em cidades como Joinville (SC).
A ideia da federação sindical é promover integração, otimização de recursos e organização conjunta entre os sindicatos para as pautas comuns como o combate à precarização e às demissões em massa, o fortalecimento da negociação coletiva e a luta pela valorização da categoria.
Mudanças
Entre as mudanças na comunicação, todos os sindicatos terão novos portais, mudanças nas redes sociais, atendimento aos sócios e contribuintes pelo Whatsapp e canais exclusivos para o recebimento de denúncias.
A integração deve contar também com uma maior atuação junto à imprensa das cidades e do setor de tecnologia.
A agenda jurídica também será integrada. As entidades devem atuar cada vez mais juntas contra empresas que buscam fugir do enquadramento sindical de tecnologia como a IBM, Proxxi, Kyndryl e ViaHub.
Também serão alvo da integração o descumprimento de Convenção Coletiva, pejotização e demissões em massa
Essas situações respondem por quase dois terços dos profissionais em TI do Brasil.
O projeto, de acordo com o presidente da Feittinf, Emerson Morresi, será expandido para outros estados que já estão filiados à Federação.
“Estamos iniciando um processo que vai fortalecer muito os trabalhadores em TI do Brasil, quando integramos os sindicatos, estamos integrando a mobilização, a organização e as lutas dos trabalhadores que na maioria das vezes são comuns”, avalia.
O presidente do Sindpd-SP, Antonio Neto, se diz orgulhoso das mudanças promovidas no Sindicato de SP e no impacto do setor.
“Mudar é preciso, o sindicato precisa estar mais próximo das suas bases e dos trabalhadores. A tecnologia nos proporciona isso. Queremos cada vez mais aprimorar o modelo e expandir para outros estados que já estão filiados à Feittinf. Sem dúvida nenhuma, quando integramos e nos unimos, saímos mais fortes para enfrentar a precarização do setor”, disse.
Fonte: Sindpd
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