Miro fez uma análise da conjuntura nacional e destacou que a bandeira da vacina contra o coronavírus é decisiva. Ele defendeu que o movimento sindical fale mais para aqueles que estão no mercado informal.
“O momento vai exigir do movimento sindical maior politização com mais classe e menos corpo. Não quer dizer que não vai ter a luta da sua categoria. Precisa falar mais pra classe e a classe não é os que estão no emprego formal. A classe é todo mundo: precarizado, terceirizado, uberizado. Vai exigir mais unidade do campo popular, ir atrás das convergências e evitar as divergências. Produzir frentes mais amplas para questões imediatas e para o futuro”, afirmou Miro.
Sobre a vacina, o jornalista disse que essa “é a bola que tá quicando pra salvar vidas”. Ele lembrou que no dia 27 de dezembro a vacinação começa na União Européia. “Quero ver como vai ser a repercussão no Brasil. Quero ver como os milicos que tem 900 mortos em quartéis no Brasil vão reagir”, disse Miro, que lembrou que Jair Bolsonaro declarou que não vai tomar a vacina.
Miro destacou que as eleições apontaram uma capacidade e um início de recuperação da esquerda. Citou as campanhas de Manuela D,ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (Psol) como novas lideranças da esquerda que se projetaram com “belíssimas campanhas”. “Em Porto Alegre, a Manuela fez um campanha que mexeu com a juventude,colocou a moçada para discutir política, enfrentar a misoginia e a Manuela teve 46% dos votos no segundo turno”, reiterou Miro.
Ele também lembrou que Boulos, um líder de movimento de moradia, teve 40% dos votos quando na última eleição a esquerda foi derrotada no primeiro turno. A eleição mostrou novos atores com muita força como jovens, mulheres, negros e periféricos que conquistaram vagas de vereadores em capitais. O sindicalismo tem que ver como estabelecer pontes com esses setores”.
Confira AQUI a apresentação na íntegra do jornalista Altamiro Borges
Fonte: CTB
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