PUBLICADO EM 05 de jun de 2025

“Mínimo regional no RS é vitória dos trabalhadores”, dizem centrais

As centrais sindicais acompanharam votação no plenário da Assembleia Legislativa do RS e comemoraram o novo mínimo regional no RS

Aprovação do piso regional no RS é vitória dos trabalhadores

Aprovação do piso regional no RS é vitória dos trabalhadores

As centrais sindicais comemoraram a aprovação do reajuste do salário mínimo, nesta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Os deputados gaúchos aprovaram reajuste de 8% para o salário mínimo regional.

A votação foi de 46 votos a favor e quatro contrários. O projeto foi enviado pelo governo do estado em regime de urgência e os novos valores já valerão para o mês de junho.

medida beneficia diretamente cerca de 1,3 milhão de trabalhadores e trabalhadoras gaúchas, de diversas categorias que não têm salário fixado em convenção coletiva e, por isso, têm sua remuneração atrelada ao mínimo regional.

De acordo com o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Rio Grande do Sul (CTB-RS), Guiomar Vidor, trata-se de uma conquista importante, mas ainda insuficiente.

“Diante das perdas acumuladas nos últimos anos, que somam 17,3% o ideal seria ter um reajuste adicional de 8,6% para repor integralmente esse retrocesso”, destacou.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), considera 0 reajuste uma conquista e o resultado da luta por um salário justo para os trabalhadores e as trabalhadoras, apesar da medida de retroatividade não ter sido acolhida, pontua o presidente da central, Amarildo Cenci.

De acordo com Cenci, desde que o governo enviou o projeto à Assembleia, entidades de trabalhadores reivindicavam um aumento maior, de 10,45%, percentual que significa o crescimento do PIB mais a inflação do período.

“A reivindicação foi acolhida por deputados da oposição e o bancada do PT chegou a apresentar uma emenda para elevar o reajuste. Outra demanda era a retroatividade ao mês de maio, mas a emenda da retroatividade não chegou nem sequer a ser analisada pelo plenário, em função de aprovação de requerimento do deputado Gustavo Victorino (Republicanos) para preferência de votação do texto original”, explicou.

A Força Sindical RS, também acompanhou, acompanhou a votação diretamente do plenário e as lideranças da Central ressalta que o movimento sindical seguirá lutando pela valorização do mínimo regional, que, quando foi criado, equivalia a 1,28 salário mínimo nacional.

“Reafirmamos nosso compromisso com a valorização do salário mínimo regional como instrumento de justiça social e proteção aos trabalhadores e trabalhadoras gaúchos”, afirmaram os dirigentes presentes.

Os dirigentes da Força também ressaltam que embora o reajuste aprovado não tenha alcançado o índice defendido pelo movimento sindical, que pleiteava um percentual superior para repor as perdas inflacionárias e garantir ganho real, consideram o resultado um avanço diante do cenário político e econômico atual.

“A mobilização das entidades sindicais foi fundamental para pressionar e garantir que a proposta tramitasse e fosse votada”, acrescentaram.

Força Sindical RS presente na votação do piso regional na Assembleia

“Movimento sindical seguirá lutando pela valorização do mínimo regional”, dizem dirigentes da Força Sindical RS

Já as entidades patronais criticaram o reajuste. De acordo com o coordenador do Conselho de Articulação Política da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Diogo Bier, o novo valor causará impactos negativos às empresas da área. Bier explica que desde as enchentes de 2024, quando muitas empresas aumentaram seu nível de endividamento, o setor vem lutando para manter os empregos e para seguir crescendo.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) também manifestou sua contrariedade. A entidade afirmou em nota que a medida desconsidera os desafios enfrentados pelo setor empresarial após as cheias, além de propor uma atualização muito próxima à anterior, que ocorreu em dezembro de 2024, quando a remuneração recebeu acréscimo de 5,25%.

Votaram contra o projeto os deputados Guilherme Pasin (PP), Marcus Vinícius (PP), Felipe Camozzato (Novo) e Rodrigo Lorenzoni (PL).

A Assembleia Legislativa aprovou, na tarde desta terça-feira (3/6), projeto do Executivo para reajuste do piso regional de 2025 em 8%.

A proposta recebeu 46 votos a favor e quatro contrários.

Como ficaram as faixas

  • FAIXA 1: R$ 1.656,52 por R$ 1.789,04
  • FAIXA 2: R$ 1.694,66 por R$ 1.830,23
  • FAIXA 3: R$ 1.733,10 por R$ 1.871,75
  • FAIXA 4: R$ 1.801,55 por R$ 1.945,67
  • FAIXA 5: R$ 2.099,27 para R$ 2.267,21

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