PUBLICADO EM 26 de dez de 2017
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Minha lista das dez melhores cenas com música do cinema

Esta é uma lista de momentos únicos, mágicos, que unem interpretação fotografia e musicalidade. Porque não se faz mais musicais como antigamente…

Por Carolina Maria Ruy

Dez melhores cenas com música do cinema (em que os personagens cantam):

Esta é uma lista de momentos únicos, mágicos, que unem interpretação fotografia e musicalidade. Porque não se faz mais musicais como antigamente…

Singing In The Rain

Singing In The Rain (Gene Kelly, Stanley Donen, 1952)

A cena clássica de Gene Kelly dançando e cantando na chuva esquenta até os corações mais cascudos. Dispensa comentários.

My Man

Funny Girl (William Wyler, 1968)

O filme é longo e muitos podem achar um pouco “chato”. Eu gosto, enfim. De qualquer forma vale pela última cena em que Barbra Streisand canta a plenos pulmões a música de autoria atribuída à Fanny Brice (interpretada por Barbra no filme). Vale também buscar a música com Billie Holiday e constatar como pode ser tão linda, e manter sua característica, com dois estilos totalmente diferentes.

Let the Sunshine In

Hair (Miloš Forman, 1979)

Todo o simbolismo de Hair, que é um filme arrastado, recheado de coregografias psicodélicas que poderiam simplesmente ser extraídas da história, converge para a cena final, em que os soldados embarcam para morrer na guerra do Vietnã, cantando em coro “Deixe o brilho do sol entrar”.

Rawhide

The Blues Brothers (John Landis, 1980)

Desajustados, os irmãos blues precisam ter uma ideia, rápido, para se passar por uma banda de música country. Eles lembram então do tema do seriado de faroeste que todos conhecem Rawride, e cantam para uma plateia de cowboys que festejam jogando garrafas vazias na banda.

In Dreams

The Blue Velvet (David Lynch, 1986)

Embora tenha um ar de “O iluminado”, produzido quatro anos antes por Stanley Kubrick, Blue Velvet imprime a marca de David Lynch. A cena em que Ben (Dean Stockwell) canta e o diabólico Frank (Dennis Hopper) se emociona resume a atmosfera de perturbação e decadência que o filme sustenta.

Johnny B. Goode

Back to the Future (Robert Zemeckis, 1985)

Perdido em uma viagem ao passado Marty McFly Jr. esquece que não está em sua época quando canta e toca a música de Chuck Berry. Ao rock´n´,roll ritmado ele emenda acordes agressivos que se popularizaram somente depois da década de 1970. Ali ele percebe que o rock, que em 1955 era ainda uma grande novidade, agrada, mas que aquela juventude ainda não tinha ouvidos para o heavy metal.

Cuban Pete

The Mask (Chuck Russell, 1994)

Cantando Cuban Pete para uma “orquestra” de policiais o Máscara (Jim Carrey) se aproveita de ser o centro das atenções e embala todos em sua coreografia. A composição da cena, noturna, com o Máscara cintilante e tropical, tentando se safar de homens e mulheres fardados que o rodeiam é metonímia do filme de Chuck Russell.

I say a little prayer

My best friend’s wedding (P. J. Hogan, 1997)

Típica comédia romântica para adoçar as tardes, o filme ganha pontos com um elenco bem colocado, com atores que parecem se divertir nos papéis. A cena em que o simpático George (Rupert Everett) canta o primeiro verso de I say a little prayer, para sair de uma saia justa em um almoço, com toda a família da noiva (Cameron Diaz) à mesa, e todos terminam cantando juntos, é digna dos clássicos musicais dos anos de 1950.

Killing me softly

About a boy (Chris Weitz, Paul Weitz, 2002)

Quando o desajeitado Marcus (Nicholas Hoult) está prestes a se expor às risadas dos seus maldosos colegas de escola, Will Freeman (Hugh Grant) entra e encarna o papel de amigo e de pai, relações que o jovem desconhecia. Ele não o salva dos “julgamentos”, mas mostra que Marcus não está mais tão sozinho.

More Than This

Lost In Translation (Sofia Coppola, 2003)

No encontro existencial, profundo e passageiro o velho Bob Harris (Bill Murray) canta para a uma jovem Charlotte (Scarlett Johansson) a deliciosa canção da banda Roxy Music, como se dissesse à ela: “Mais do que isso, você sabe que não há nada…”.

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