PUBLICADO EM 10 de maio de 2021
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Metroviários SP aprovam greve, para dia 12, contra ataques aos direitos

Metroviários não aceitam arrocho salarial, calote das PRs e de outros direitos. Dos 1.800 participantes, 1.637 (90,94%) aprovaram a decisão de paralisação

Em assembleia virtual, na última quinta-feira (6), Metroviários de São Paulo aprovaram a realização de uma greve no dia 12, quarta. Dos 1.800 participantes, 1.637 concordaram com a paralisação (90,94%).

O movimento é um protesto contra a postura da Companhia do Metrô, que mais uma vez tenta retirar direitos da categoria durante as negociações da Campanha Salarial.

Coordenador-geral do Sindicato, Wagner Fajardo Pereira, explica que os ataques à categoria são muitos. “Além de oferecer reajuste de 0%, o Metrô quer reduzir de 50% pra 20% o Adicional Noturno; em 50% horas extras; cortar o Adicional de Férias, o Auxílio Transporte e aumentar a contribuição do plano de saúde. A empresa também se nega a pagar a Participação nos Resultados de 2019 e 2020”, ele conta.

Wagner Fajardo é Coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo

E as maldades do Metrô não param. Fajardo denuncia a tentativa da empresa de atacar o Sindicato, retomando a sede da entidade. O prédio foi construído a partir das contribuições dos Metroviários, mas o terreno foi cedido pelo governo Montoro, no sistema comodato. “A cada ano, a Companhia reduz a validade da cessão. O que era 10 anos caiu pra dois e agora está em um ano”.

Na Campanha Salarial anterior, início da pandemia, os trabalhadores do sistema enfrentaram a mesma intransigência da empresa e do governo estadual. Mas com muita mobilização, conseguiram resistir aos ataques aos direitos.

Considerada atividade essencial, os Metroviários não pararam. Muitos faleceram em virtude da Covid-19. “E mesmo assim, não recebem a valorização devida”, reclama Fajardo.

“No final de abril, os trabalhadores da Sabesp fecharam Campanha Salarial com o governo e renovaram o ACT com reajuste acima de 7%. O tratamento dado aos Metroviários é diferente. É uma completa intransigência de Doria e da empresa. Por isso, a greve é necessária”, convoca.

Reivindicação – Os metroviários pedem 9,72% de reposição salarial dos últimos dois anos (IPC) e manutenção dos direitos do ACT da categoria. Segunda (11), uma nova assembleia deve ratificar e organizar a paralisação.

Fonte: Agência Sindical

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