A data-base dos metroviários é 1º de maio. No entanto, por conta da pandemia, o Sindicato procurou, desde março, a direção do Metrô e o governo estadual para reivindicar que o Acordo Coletivo, vencido em 30/4, fosse prorrogado até o final do estado de calamidade pública.
Empresa e governo Doria não se sensibilizaram com o fato de que os metroviários não cessaram suas atividades durante a pandemia, se expondo diariamente ao contato com o vírus. A proposta de prorrogação não foi aceita.
Pior: a direção do Metrô e governo diminuíram e cortaram vários direitos dos metroviários nos salários de junho. Após várias reuniões de negociação, não houve recuo nos cortes salariais e anunciaram a intenção de atacar mais ainda os metroviários. Na noite de 23/7 os trabalhadores foram avisados pela empresa, por e-mail, que terão corte de 10% nos seus salários.
O Sindicato procura esgotar todas as possibilidades de negociação mas enfrenta a total intransigência da direção do Metrô e de Doria. Em uma audiência de conciliação realizada sob supervisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o Tribunal orientou a prorrogação do Acordo Coletivo até o final do estado de calamidade pública, com data máxima de 30/4/2021. Os trabalhadores aceitaram. Metrô e Doria, não.
Diante do atual quadro, a greve dos metroviários está marcada para a próxima terça-feira (28/7). Mas haverá ainda audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcada para segunda feira, dia 27/07.