A paralisação dos metroviários de Recife afetou cento e oitenta mil usuários do metrô da Região Metropolitana do Recife, na manhã de desta quinta-feira.
As 36 estações que compõem as linhas do metrô de Recife amanheceram sem funcionar.
O Grande Recife Consórcio de Transporte, que faz o gerenciamento dos ônibus, ativou uma operação de emergência que conta com três linhas especiais.
A medida reforçou a frota ou número de viagens em outras linhas.
Paralisação dos metroviários por tempo indeterminado
Os metroviários começaram a paralisação por tempo indeterminado na noite dessa quarta-feira (2) após decisão em assembleia geral realizada no mesmo dia.
Esta é a terceira paralisação da categoria em menos de 30 dias. A primeira durou 24 horas e aconteceu dia 12 de julho.
No último dia 25 de julho, uma segunda paralisação, em conjunto com os rodoviários, durou 48 horas.
Entre as pautas que motivaram a greve, de acordo com a categoria, estão a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2025, o aumento do piso salarial e o reajuste acima da inflação.
Eles também pedem a retirada da CBTU, Companhia Brasileira de Trens Urbanos, empresa pública que faz a gestão do metrô, da lista do Programa Nacional de Desestatização do Governo Federal; ou a opção de realocação dos funcionários, caso a privatização aconteça.
Atualmente, pouco mais de 1.500 pessoas estão no quadro funcional no Metrô do Recife. A próxima assembleia dos metroviários está marcada para a noite desta sexta-feira (4).
Em nota a CBTU informou que a Companhia se reuniu com a Secretaria de Coordenação das Estatais ainda na quarta-feira.
De acordo com a empresa, uma nova proposta será enviada para análise do Sindicato do Metroviários de Pernambuco.
Já o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região determinou o retorno de 60% da frota de trens do metrô na região metropolitana do Recife em horários de pico, e 40% nos demais períodos.
O descumprimento por parte da categoria prevê o pagamento de multa de R$ 60 mil por dia.
com informações da Rádio Nacional