Os Metalúrgicos na Stellantis no Polo Automotivo da Stellantis, em Goiana, Pernambuco, conquistaram avanços significativos na organização do local de trabalho nos últimos meses.
A representação dos metalúrgicos local está negociando, desde o ano passado, a adesão a um acordo marco global de relações trabalhistas.
Os Metalúrgicos na Stellantis em todo o mundo e a unidade em Pernambuco ainda apresentava dificuldades para efetivação deste acordo.
A principal conquista foi a implementação de 16 representantes sindicais com estabilidade e autonomia sindical para atuar dentro das fábricas que fazem parte do grupo.
Outras conquistas foram:
- a abertura a sindicalização e realização de assembleias no chão de fábrica,
- reuniões permanentes com os trabalhadores para tratar de problemas corriqueiros do dia a dia,
- reajuste de 30% no valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR),
- reajuste salarial garantindo a inflação mais ganho real de 0,5%, e
- aumento de itens da cesta básica (feira) dos trabalhadores.
Conquista que vem da luta dos trabalhadores e do sindicato
Segundo o secretário de Organização Sindical da CNM/CUT e secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Abinadabe Santos de Lima, os avanços são fruto de um diálogo iniciado em novembro do ano passado.
Ações como a realização de assembleias e a presença de representantes sindicais em contato com os trabalhadores na fábrica não eram permitidas anteriormente.
“Foi a mobilização e organização no chão da fábrica que trouxe esses avanços. O Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, a CNM/CUT e a IndustriALL Global Union vão aprofundar o diálogo com a empresa neste ano para aperfeiçoar as relações trabalhistas e buscar o acordo marco global”, afirma o dirigente.
O metalúrgico Alexsandro Silva dos Santos, o Alex, trabalhador na Prima Sole, será um dos 16 representantes sindicais escolhidos para atuar no chão de fábrica.
Ele acredita que a presença frequente da representação sindical dará visibilidade e credibilidade ao trabalho de organização no chão de fábrica e fará com que os metalúrgicos saibam o verdadeiro papel do sindicato no dia a dia.
“Ainda existem vários trabalhadores que ficam receosos e não acreditam no nosso trabalho, o que é normal e nós entendemos. Mas com o nosso trabalho contínuo dentro da base iremos mudar esse pensamento e mostrar que estamos juntos na mesma luta”, disse o representante sindical.
Fonte: CNM/CUT
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