Foto: Sindmetal-PE

Os metalúrgicos e as metalúrgicas de Pernambuco conquistaram reajuste integral dos salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da data-base, de 9% até o teto máximo de R$ 6.000, e um valor fixo de reajuste para os salários mais altos no valor de R$ 540. Além disso, a categoria conquistou a manutenção de todas as cláusulas sociais vigentes na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que garante mais direitos fundamentais e diferenciados do que os que constam da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A proposta, negociada pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), foi aprovada por unanimidade na Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada na noite desta terça-feira (20), na sede do Sindicato.

A direção do Sindemetal-PE destaca que o índice acumulado do INPC dos 12 meses com data-base para setembro de 2022, foi de 8,83%. Em todo Brasil segundo o DIEESE, de todas as negociações coletivas concluídas até setembro deste ano, 49% destas não conseguiram repor a inflação, 27,5% conseguiram algum ganho real e 23,5% abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE, o que mostra a relevância da conquista.

Durante a assembleia, o presidente do Sindmetal/PE, Henrique Gomes, fez um breve histórico sobre as paralisações nas portas de fábrica e dos enfrentamentos com o patronato durante as rodadas de negociação. Ele relatou ainda as dificuldades para o fechamento do acordo, onde os patrões insistiam em oferecer um reajuste abaixo da inflação.

Conseguir um reajuste salarial acima da inflação, foi resultado de muita união, mobilização nas portas de fábricas, e até ameaça de Greve Geral. “porque só mostrando aos patrões a força da categoria metalúrgica, foi possível chegar a um acordo melhor”, destacou Henrique Gomes, que também ressaltou que a conquista do reajuste é muito significativa, pois trata-se de um ganho real: “Diante do aumento do custo de vida, com a alta nos alimentos, esse reajuste ajudará no poder de compra e no orçamento de toda a categoria”, Pontuo.

Fonte: Sindmetal-PE com edição da CUT