Os metalúrgicos da Winnstal, na zona sul de São José dos Campos, aprovaram aviso de greve nesta terça-feira (8) para pressionar a empresa a reabrir as negociações da Campanha Salarial.
Também foi rejeitado o reajuste de apenas 3,71%, já aplicado aos salários pela empresa.
Essa foi a segunda vez que os metalúrgicos rejeitaram a proposta da Winnstal. Em 22 de setembro, os trabalhadores recusaram 4,91% de reajuste e pediram reabertura de negociações.
Com a rejeição, a empresa decidiu aplicar 3,71% (inflação do período de setembro de 2023 a agosto de 2024) por conta própria (sem acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos).
A carta com o pedido de agendamento de uma nova reunião foi protocolada pelo Sindicato no dia 24, mas até agora a empresa não deu resposta.
Na última rodada de negociação, a Winnstal se recusou a negociar as reivindicações dos trabalhadores. A pauta inclui reajuste superior a 4,91%, abono salarial e vale-refeição.
Diante das negativas da empresa, os trabalhadores decidiram aumentar a pressão e, hoje, entraram em estado de greve. Se as negociações não forem reabertas, vai ter paralisação.
“A empresa está desrespeitando a decisão dos trabalhadores. A proposta já foi rejeitada em assembleia. Agora a empresa tem duas escolhas: sentar para negociar ou ouvir o silêncio das máquinas paradas”, afirma o diretor do Sindicato Cristiano de Souza.
A Winnstal possui cerca de 100 funcionários e faz usinagem, montagem e pintura em peças de alumínio especial para a Embraer.
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