Dois trabalhadores da AGCO – Valtra -, montadores da planta de Mogi das Cruzes, foram para a planta da empresa na Argentina, em General Rodríguez, e no refeitório um trabalhador argentino fez imitação de “macaco”, depreciando com racismo os trabalhadores brasileiros.
Desde já expressamos nosso apoio total aos companheiros brasileiros Wellington Donizete Eustáquio e Marcelo Leandro. E exigimos que a AGCO Valtra puna de forma imediata e urgente o agressor.
O gerente de lá disse que aquilo era “cultura” dos argentinos. Mentira! Temos certeza que na Argentina a maioria não pensa assim. Isso é coisa de uma minoria ignorante, preconceituosa, ultrapassada.
Racismo não é cultura, é crime!
Infelizmente, nem um pedido de desculpas fizeram para os nossos companheiros que, vale lembrar, deixaram suas famílias e foram à Argentina contribuir com a empresa e com os próprios operários argentinos.
É uma tremenda injustiça! A AGCO Valtra não pode aceitar um comportamento deste. O racismo precisa ser combatido no mundo todo, em todos os setores, no esporte, no dia a dia e também no mundo do trabalho.
Aguardamos uma resposta urgente da AGCO.E, tornamos a repetir, exigimos que a AGCO puna de forma imediata e urgente o agressor.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
David Martins
3º vice-presidente do Sindicato e diretor responsável por ações em defesa dos interesses dos trabalhadores da planta da AGCO (Valtra) de Mogi das Cruzes
Resposta da empresa
A empresa AGCO entrou em contato com o Rádio Peão Brasil e afirmou em nota que:
“A AGCO tomou conhecimento, com preocupação, do relato de ofensa discriminatória e informa que está apurando o caso com total prioridade.
A companhia vem a público manifestar seu apoio e solidariedade aos colaboradores e informa que repudia veementemente qualquer tipo de discriminação (gênero, raça, cor ou crença).
A AGCO adotará todas as ações cabíveis para que atos desta natureza não voltem a acontecer. Racismo é crime, inadmissível, inaceitável e deve ser firmemente combatido”.
Matéria atualizada em 5/9/2023, 19:10
Aparecida Oliveira
Isso não pode acontecer,ainda bem que tem o sindicato pra ajudar.