Os metalúrgicos do primeiro turno da General Motors de São José dos Campos realizaram duas horas de paralisação, nesta segunda-feira (29), contra as demissões realizadas nos últimos dias na fábrica.
Os trabalhadores exigem reintegração dos 50 demitidos, estabilidade no emprego e, se as demissões forem inevitáveis, que seja aberto Programa de Demissão Voluntária (PDV). Esta é a segunda paralisação realizada na fábrica, desde sexta-feira.
A montadora fez os cortes, semana passada, atingindo aposentados e lesionados. A GM alega que as demissões fazem parte do plano de reestruturação da empresa e da estratégia de redução na massa salarial.
Recentemente, a montadora contratou 70 trabalhadores, o que deixa claro que a estratégia da empresa passa pela demissão de funcionários com salários mais altos e contratação de outros, com salários menores.
Reunião
Uma reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a montadora está marcada para hoje, às 14h. O Sindicato vai levar para a mesa de negociação as exigências aprovadas em assembleia.
“As duas paralisações, de sexta e de hoje, mostram que não aceitaremos essa afronta feita pela GM. Como já é tradição na categoria, vamos nos manter unidos e organizados para lutar em defesa dos empregos”, afirma o presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano.
A GM produz, em São José dos Campos, os modelos Trailblazer e S10, além de motores e transmissão. A montadora emprega cerca de 3.150 trabalhadores na cidade.
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