Os trabalhadores metalúrgicos da Eaton querem proposta melhor de PLR e vale-alimentação – Foto: Roosevelt Cássio
Os metalúrgicos da Eaton, localizada na zona sul de São José dos Campos, cruzaram os braços por duas horas, na manhã desta segunda-feira (3).
Em assembleia no primeiro turno, os metalúrgicos da Eaton rejeitaram a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) feita pela empresa e decidiram parar 100% da produção.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, duas novas assembleias serão realizadas ainda nesta segunda e, a entidade não descarta que os trabalhadores podem fazer novas paralisações.
Proposta patronal
A Eaton ofereceu Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 5.600, valor que seria dividido em duas vezes. Porém, os metalúrgicos da Eaton reivindicam no mínimo R$ 5.900.
Além disso, os trabalhadores exigem a implementação do vale-alimentação de R$ 200 na fábrica.
“Este benefício é oferecido pela maioria das metalúrgicas da região e é um importante complemento de renda”, ressalta o diretor do Sindicato Adriano Lopes.
O Sindicato negocia com a direção da Eaton desde o começo de maio. No dia 10, os metalúrgicos da Eaton já tinham aprovado o estado de greve contra a proposta rebaixada da empresa.
Agora, a entidade aguarda uma contraproposta da fábrica. Caso não haja nova oferta, os metalúrgicos poderão paralisar as atividades por mais tempo.
“Os trabalhadores não abrem mão do VA e da PLR maior. A Eaton é uma multinacional que tem plenas condições de conceder esses direitos aos empregados, mas oferece poucos benefícios. Nem café da manhã a fábrica tem. Por isso, mantemos a exigência do vale-alimentação, uma reivindicação antiga dos companheiros”, afirma.
Novas assembleias
Duas novas assembleias serão realizadas com os trabalhadores do segundo e terceiro turno, ainda nesta segunda-feira. De acordo com o Sindicato, os metalúrgicos da Eaton podem fazer novas paralisações na fábrica.
A Eaton faz parte do setor de autopeças e emprega cerca de 550 pessoas. A fábrica de São José dos Campos produz mais de 73 mil válvulas para veículos por dia.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos estima que cada trabalhador gere valor aproximado de R$ 200 mil por mês no faturamento da empresa.
Leia também: Metalúrgicos de Gravataí debatem ações para amenizar tragédia na região
