Os metalúrgicos da Bahia estão diante de um impasse que está travando a negociação da Campanha Salarial deste ano entre trabalhadores e o setor patronal.
De acordo com o presidente da Fetim/BA – Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos e Mineiros da Bahia, Aurino Pedreira do Nascimento Filho, o setor patronal está intransigente e não quer aceitar o pedido de aumento real da categoria.
O sindicalista explica que o percentual oferecido pelos patrões vai contra a realidade econômica do país.
O atual governo está adotando políticas para alavancar a economia. “Isso só vai acontecer se tivermos valorização do salário mínimo e o resgate do poder de compra dos brasileiros para impulsionar a economia do País “, afirma.
Cenário favorável
Vale ressaltar que, de acordo com o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, as negociações coletivas do primeiro semestre mostraram a retomada de um cenário favorável.
A queda da inflação e a valorização do salário mínimo reacendem as negociação. Das 220 negociações da Data Base Junho, 85,9% resultaram em ganhos reais aos salários.
Na reunião realizada na manhã desta quarta (2), os trabalhadores metalúrgicos se mantiveram firmes e não aceitaram o descaso oferecido pelo Patronal, mais uma vez.
A Fetim-Ba e seus Sindicatos de base mantém a mobilização para garantir aumento real do salário, valorização do piso da categoria e ampliação dos benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho.
Veja abaixo as propostas negociadas na reunião:
Proposta Patronal:
- Reajuste Salarial de 3% a partir de julho/2023 para os salários até R$ 9.000,00. Para os salários acima de R$ 9.000,00 reajustar pelo percentual equivalente a R$ 270,00;
- Não renovação das cláusulas do Triênio/Quinquênio, Parcela Rescisória Adicional e Rescisão Contratual do Aposentado e
- Acrescentar a cláusula para as empresas implantarem o registro de ponto via REP
Contraproposta do Sindicato:
- Reajuste Salarial de 9%;
- Aumento do Piso Salarial em 10% e mudança na CCT de 200 empregados para 100 empregados e
- Manutenção das cláusulas sociais: Plano de Saúde, Homologação no Sindicato, Auxílio Assistencial para filhos excepcionais, Ultratividade das cláusulas da CCT e manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva com reajuste de 9% nas demais cláusulas de natureza econômicas
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Reginaldo Bastos
Encanto a esse impasse nos trabalhadores do setor vivemos sofrendo com a desvalorização do nosso salário pois tudo aumentou não estamos suportando mais essa situação.