PUBLICADO EM 03 de jul de 2023
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Metalúrgicos aprovam reivindicações da Campanha Salarial 2023

Foram aprovados os eixos da Campanha Salarial: reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos salariais, valorização das convenções coletivas de trabalho, redução da jornada sem redução de salário e redução dos juros.

Assembleia dos ativistas dos metalúrgicos do ABC/Foto: Adonis Guerra

Os trabalhadores metalúrgicos e metalúrgicas do ABC lotaram a Sede na noite de ontem para aprovar a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2023 apresentada pela FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) na Assembleia Geral da categoria. O slogan para este ano é “A luta continua pela reconstrução dos direitos, dos salários e da democracia”.

Foram aprovados os eixos da Campanha Salarial: reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos salariais, valorização das convenções coletivas de trabalho, redução da jornada sem redução de salário e redução dos juros.

O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, destacou que a aprovação da pauta é um momento importante para a categoria.

“Foi dada a largada da nossa Campanha Salarial com uma demonstração de que estamos mobilizados e unidos com essa participação expressiva dos companheiros e companheiras. Com o empenho e a luta de todos e todas, vamos construir uma boa Campanha Salarial”, chamou.

O dirigente reforçou que as negociações nunca foram fáceis, nem quando a economia estava bem. “Os patrões não se contentam em ganhar muito, querem ganhar tudo. Isso significa não concordar com cláusulas sociais, querer retirar direitos e aumentar a riqueza à custa do suor dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou.

“O momento atual no país nos permite respirar melhor, com a esperança do quanto vale a pena a luta por direitos, democracia e justiça social. A nossa luta segue por política industrial, pela queda da taxa básica de juros que está impedindo o desenvolvimento do país, por linhas de financiamento, pela reindustrialização, com geração de empregos de qualidade e renda para que os trabalhadores possam viver com dignidade”.

A nova coordenadora da Comissão de Mulheres Metalúrgicas do ABC, Rosimeire Conceição Pinto, a Rosi, CSE na Volks, ressaltou a necessidade de unidade da categoria. “É fundamental a participação das mulheres na mesa de negociação para levar as nossas particularidades, e essa é uma luta de todos e todas”.

Na assembleia, os trabalhadores também aprovaram a contribuição negocial da Campanha Salarial.

Entrega aos patrões

A FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) realizou no último dia 17 a Plenária Estatutária que aprovou o slogan, eixos e a pauta de reivindicações. A partir dessa plenária, os 13 sindicatos que compõem a Federação realizam assembleias na base para apreciação dos trabalhadores até o dia 3.

A Federação marcou para 6 de julho a entrega da pauta para as bancadas patronais e, na sequência, iniciará o processo de negociação.

O secretário-geral da FEM-CUT, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max, apresentou a pauta construída. “É fundamental essa participação dos trabalhadores e trabalhadoras para validar e legitimar a pauta que será entregue para a bancada patronal e para fortalecer a bancada dos trabalhadores no processo de negociação”.

Neste ano, serão negociadas pauta cheia, que contempla as cláusulas econômicas e sociais, e pauta parcial, que trata apenas das cláusulas econômicas, já que a Convenção Coletiva de Trabalho assinada no ano passado vale até 2024. Confira na tabela.

NEGOCIAÇÕES COM AS BANCADAS PATRONAIS

– PAUTA CHEIA

Serão negociadas as cláusulas econômicas e sociais com:

Sicetel – trefilação e laminação de metais ferrosos

Siescomet – esquadrias e construções metálicas

Siniem – estamparia

Sindratar – refrigeração, aquecimento e tratamento de ar

Sifesp – fundição

Sindifupi – funilaria e pintura

Grupo 10 – Fiesp e aeroespacial

Grupo 8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer) – artefatos de ferro, metais e ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos

Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees) – máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos

– PAUTA PARCIAL

Apenas as cláusulas econômicas estarão na pauta, já que as Convenções Coletivas de Trabalho assinadas valem até 2024.

Grupo 3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) – autopeças, forjaria e parafusos

Sindicel – condutores elétricos, trefilação e laminação de materiais não ferrosos

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