Levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) indica que 30% dos hospitais estão com baixo estoque de anestésico e “kit intubação” no Brasil. A quantidade dos insumos é suficiente para atender apenas a demandas dos próximos cinco dias ou menos.
No total, há 20 instituições sob risco de falta de anestésicos. Elas estão nas cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Uberlândia (MG), Juiz de Fora (MG), São Paulo (SP), Atibaia (SP), Niterói (RJ), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Joao Pessoa (PB) e Salvador (BA).
O número de hospitais que relatam a falta do kit intubação chega a 22. Além dos citados acima, estão incluídos também os municípios de Cariacica e Serra, no Espírito Santo. O conjunto de remédios inclui anestésicos, sedativos e bloqueadores musculares, necessários para manutenção do tratamento.
Sem essas substâncias, os riscos do procedimento e de retirada dos pacientes dos equipamentos de suporte respiratório aumentam. O processo se torna doloroso e pode causar sequelas.
Em dez instituições de saúde de Belém (PA), Brasília (DF), Cariacica (ES), Juiz de Fora (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Joao Pessoa (PB), Salvador (BA), Serra (ES) e Uberlândia (MG) não há respiradores suficientes para a demanda.
Ainda de acordo com a pesquisa da Anahp há relatos também sobre baixo estoque de oxigênio em hospitais de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP).
Em pelo menos nove casos o volume deve durar no máximo cinco dias. Outros 66,20% estão com o insumo para apenas uma semana.
A taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19, é superior a 85% nesses locais. Apesar de estar levemente abaixo do registrado na semana anterior (90,77%), o índice ainda é muito preocupante.
O tratamento dos pacientes com covid-19 tem alta taxa de permanência no leito e demanda intensa de suprimentos e cuidados intensivos.
Segundo a Anahp, as instituições tentam importar insumos da Índia. Essa possibilidade está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, por questões regulatórias, ainda não foi concretizada.
Fonte: Brasil de Fato | São Paulo (SP)