De acordo com o presidente do Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues, o movimento de bloqueios em rodovias que cortam o estado não é encabeçado pela categoria. “Essa manifestação não é dos caminhoneiros, essa manifestação é do agronegócio que está usando o nome dos caminhoneiros”, atestou ele.
Ao Metrópoles, Vantuir afirmou que os participantes do ato são celetistas e ligados a grandes empresas. “Os caminhoneiros estão participando na marra. Eles são vinculados a grande empresas, celetistas, não são os autônomos. Se tiver um ou outro autônomo, é porque eles pagaram”, afirmou ele.
Segundo o presidente do Sinditac, as pautas da categoria são diferentes das defendidas pelas manifestações com tom antidemocrático. “A gente não quer participar de manifestação para destituir ministro do STF. Nossa pauta é outra totalmente diferente da do agronegócio, queremos é o piso mínimo de frete. Nós ganhamos a lei, eles [representantes do agro] entraram na Justiça contra e o STF ainda não julgou e, nem por isso, estamos contra os ministros. Nós queremos continuar trabalhando e que julguem a lei. Agora, para pedir intervenção nos órgãos do país: jamais”, declarou.
Em tom crítico, Vantuir falou ainda sobre o preço dos combustíveis. “Essa manifestação é muito controversa. O preço do combustível não está ruim só para o caminhoneiro, está ruim para toda a população. O agronegócio quer usar o caminhoneiro, falar que representa todo mundo, mas isso não procede. Nós queremos trabalhar, não é ficar preso em bloqueio”, completou.
Bloqueios
Ao menos oito estados notificaram bloqueios em rodovias federais, nesta quarta-feira (8/9), subindo o nível de alerta de transportadoras e mercados. Alguns postos já começaram a ficar sem combustíveis.
O movimento é organizado por caminhoneiros, um dia após manifestantes pró-governo pedirem, dentre outras pautas, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, em diversos atos pelo país. Além desses temas, os motoristas que aderiram à paralisação cobram a redução dos impostos e do preço dos combustíveis.
Há registros de bloqueios em rodovias federais de Goiás, Paraná, Espírito Santo, Santa Catarina, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, Maranhão e Rio de Janeiro, conforme apurou o Metrópoles.
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