PUBLICADO EM 25 de mar de 2022
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Maioria das greves na indústria, em 2021, foi realizada para garantir reajuste salarial

Estudo do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), outra reivindicação frequente mas mobilizações foi referente à alimentação (concessão, regularização ou reajuste dos tíquetes e/ou cesta básica)

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Veja o estudo na íntegra

Em 2021, 12% das greves foram organizadas por trabalhadores da indústria privada. Entre as categorias profissionais, destacaram-se metalúrgicos (5% das greves totais) e trabalhadores da construção (4%).

A principal demanda, presente em metade dessas mobilizações (50%), era referente à alimentação (concessão, regularização ou reajuste dos tíquetes e/ou cesta básica). Correção dos salários e/ou pagamento de abono (48%) vieram em seguida; depois, itens relacionados ao pagamento de participação nos lucros ou resultados (27%); e, por fim, regularização de salários e férias em atraso (26%).

De janeiro a abril de 2021, 27% das greves da indústria privada tinham o reajuste dos salários nas pautas; nos dois quadrimestres seguintes, entretanto, esse percentual ficou perto de 50% – aumento de 85% sobre os quatro primeiros meses do ano.

Ainda assim, os itens relativos à alimentação, exceto no quadrimestre intermediário, de maio a agosto, continuaram mais frequentes. De setembro a dezembro, estavam em mais de 60% das pautas grevistas.

As negociações da PLR continuam em evidência. No período em que se iniciam as campanhas salariais de importantes segmentos da metalurgia, no segundo quadrimestre, de maio a agosto, faziam parte de mais de 40% das pautas grevistas.

No primeiro e no terceiro quadrimestres, destacaram-se também as demandas por regularização dos vencimentos em atraso, que permaneceram em um intervalo que vai de 30% a 40% das pautas. De maio a agosto, no meio do ano, porém, essa reivindicação foi a menos frequente (10%) entre as principais.

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