Maia cumpriu o acordado com dirigentes das centrais sindicais e pelo que ficou acertado entre o presidente da Câmara e os dirigentes sindicais uma nova redação à MP será apresentada até o dia 16. O texto atual obriga o desconto por meio de boleto, e não por desconto em folha. Caso não haja acordo, a disposição do presidente da Câmara é deixar a iniciativa do governo caducar e perder a validade.
De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), o acordo ficou dentro das expectativas dos sindicalistas. “Se o texto não ficar de acordo, temos o compromisso de Maia pela morte natural da MP e assim uma grande injustiça poderá ser corrigida”, afirma Juruna.
O sindicalista ressalta que a intenção da MP era asfixiar financeiramente, ainda mais, as entidades sindicais, acentuando o desequilíbrio nas negociações trabalhistas. “Conseguimos reverter esse movimento na Justiça e, agora, também estamos derrotando o governo politicamente”, completou.
A recuperação da antiga forma de desconto das contribuições sindicais pode dar impulso para mobilizações trabalhistas contra a reforma da Previdência, avalia Juruna. “Essa vitória renova os ânimos”, resume o sindicalista.