Durante sua participação em um fórum sobre segurança e defesa em Singapura, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que reconhecer o Estado palestino “não é apenas um dever moral, mas uma exigência política”. Ele destacou a necessidade de uma posição mais firme da União Europeia em relação a Israel, caso não haja uma resposta adequada à crise humanitária na Faixa de Gaza nos próximos dias.
Macron sugeriu que, diante da situação atual, a UE deveria considerar a aplicação de sanções, incluindo a suspensão de processos que pressupõem o respeito aos direitos humanos, referindo-se ao acordo de associação entre os 27 países do bloco e Israel.
O presidente francês também anunciou que a França, em parceria com a Arábia Saudita, copresidirá uma conferência internacional na ONU, em Nova York, de 17 a 20 de junho, focada na solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino.
Embora não tenha confirmado explicitamente o reconhecimento do Estado palestino pela França, Macron delineou condições para tal reconhecimento: libertação dos reféns detidos pelo Hamas, desmilitarização do grupo islâmico, exclusão do Hamas da liderança de um futuro Estado palestino, reforma da Autoridade Palestina, reconhecimento de Israel e do direito de viver em segurança, e estabelecimento de uma arquitetura de segurança regional.
Macron enfatizou que essas condições serão discutidas na conferência de 18 de junho, na qual ele estará presente.
