O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), que representa os servidores da educação do município de Fortaleza, realiza, nesta quinta-feira (26), a partir das 8 horas, assembleia geral que deliberará sobre a possibilidade de paralisação das atividades da categoria, caso o prefeito José Sarto não regulamente o reajuste salarial dos profissionais do magistério. O encontro acontece na Escola de Tempo Integral Filgueiras Lima (Av. dos Expedicionários, 3910 – Jardim América).
De acordo com a direção do sindicato, a categoria defende que as aulas, previstas para começarem amanhã, só iniciem depois que a Prefeitura apresentar a atualização dos salários dos professores e funcionários das escolas, ativos e inativos, efetivos e substitutos. “Já levamos vários calotes de governos. Nós trabalhadores sabemos que é preciso lutar para sobreviver aos ataques de governos e patrões. É hora de pressão, vamos nos unir para evitar um novo calote. Prefeito, piso já para a aula começar”, destaca um dos chamados do Sindiute nas redes sociais.
O crescimento salarial do piso dos professores deve ser de pelo menos 14,95%, conforme determina a Lei Federal do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008). Com isso, a remuneração mínima do grupo não pode ser inferior a R$ 4420,55 em 2023. Enquanto Fortaleza não paga o piso e atualiza a tabela vencimental dos educadores, 38 cidades do Ceará já confirmaram, até a última quinta-feira (25), a aplicação do reajuste salarial para os profissionais do magistério da educação básica.
“É hora de aumentar a pressão. Em 217, o então prefeito deu calote, pois, naquele ano, o reajuste foi zero, rebaixando os salários, já que não houve nem piso, nem reposição da inflação. Na gestão do Sarto, a maldade continuou, iniciou o seu mandato, com o mais terrível golpe, a Reforma da Previdência, que taxou os aposentados 14%, confiscado dos salários, e o fim da licença prêmio e anuênios, para os novos professores que já ingressam sem os direitos. Se o prefeito não se pronunciar até a data da Assembleia, vai ter greve”, destaca a presidenta do Sindiute, Ana Cristina Guilherme.
Fonte: CUT