O primeiro debate entre os candidatos à presidência no segundo turno das eleições deste ano, realizado na noite desse domingo (16) na TV Band, foi mais favorável à imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que à do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Isso é o que apontam dois levantamentos feitos a partir da transmissão do debate, organizado pelo Grupo Bandeirantes, TV Cultura, Folha de S.Paulo, Uol e CNN.
Nas redes sociais, Lula obteve uma média de 44,5% de menções positivas durante o evento, enquanto o adversário do PL concentrou 36,5% de menções positivas. Os dados são do cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Felipe Nunes, que também dirige o instituto Quaest, que neste ano tem realizado pesquisas eleitorais.
No primeiro e segundo blocos, Lula foi melhor (43% e 46% de menções positivas, respectivamente). Conseguiu fazer Bolsonaro falar de temas caros a ele: vacina e pandemia. No terceiro bloco, com o tema da corrupção, Bolsonaro se saiu melhor (51%), segundo a avaliação de Nunes sobre as postagens nas redes sociais.
Segundo Nunes, “foi um debate intenso, também nas redes sociais”. Foram quase 550 milhões de interações sobre o debate entre 17h e 23h.
Eleitores ‘independentes’
Em outro levantamento durante o debate da Band, a AtlasIntel reuniu 100 eleitores que não votaram em Lula ou Bolsonaro. A maioria (54%) considera que Lula ganhou o debate, 32% acham que Bolsonaro ganhou e 14% não souberam responder.
Esse resultado se mantém para eleitores que votaram em Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), outros candidatos, branco/nulo e também para os que não votaram. Todos esses grupos concordam que Lula venceu o debate.
O estudo se baseia na opinião de nove grupos focais e a amostra não é representativa. Ou seja, não se trata de estimativas sobre a opinião da população.
O objetivo desse tipo de estudo é avaliar tendências e informar análises. Análises subjetivas e baseadas apenas na opinião do analista tendem a ser enviesadas, especialmente quando o analista votou num dos dois candidatos no primeiro turno.
Os participantes foram divididos em nove grupos focais de acordo com os estados onde residem: Paraná/Santa Catarina; Rio Grande do Sul; Rio de Janeiro; São Paulo; Minas Gerais; Tocantins; Bahia; Acre; e Mato Grosso/Mato Grosso do Sul.
Após o debate, 59% dos participantes disseram que tendem a apoiar Lula no segundo turno, 32% tendem a apoiar Bolsonaro e 9% se dizem indecisos.
Com informações da página de Felipe Nunes no Twitter e Pedro Menezes, do site PollsterGraph
Fonte: Rede Brasil Atual