PUBLICADO EM 15 de set de 2022
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Lula defende expansão do cooperativismo para inclusão social

Em encontro com lideranças de cooperativas, Lula promete estímulo ao setor para enfrentar a fome e desemprego. Mas alerta que antes é preciso vencer batalha contra as mentiras e o ódio

Lula recebe propostas de quem quer trabalhar, produzir alimentos saudáveis e criar empregos – Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (14) a expansão do cooperativismo como caminho para inclusão social por meio do trabalho, crescimento socioeconômico e recuperação do país. Em encontro em São Paulo com lideranças de cooperativas de todo o Brasil, Lula falou sobre a realidade brasileira, bem diferente – e pior – que a de 2003, quando assumiu o governo pela primeira vez. E da importância da economia solidária na produção de alimentos saudáveis para todos e nos efeitos de emprego e renda.

“O Estado tem de dar oportunidade para as pessoas de se organizar e alavancar, com recursos financeiros, o primeiro dia dessas pessoas para que possam produzir e vender, fazer as suas economias”, disse o petista.

O candidato à Presidência da República pela Coligação Brasil da Esperança defendeu o fortalecimento da chamada economia criativa e solidária. “Vamos criar recursos para ampliar um novo modelo de desenvolvimento nesse país, que leve em conta a criatividade de mulheres, homens e jovens. Nós temos de acreditar e o Estado tem de estar pronto para ocupar essa maioria de jovens que se forma e não consegue oportunidade de trabalho”, disse, citando exemplo de cooperativa de quebradeiras de coco que visitou recentemente no Maranhão.

Segundo a União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas), o cooperativismo está muito atrasado no Brasil. Para se ter ideia, na Itália, 25% da economia é movida por cooperativas, na Argentina, 37%, no Uruguai, 47% e no Brasil apenas 8%. “Precisamos mudar essa realidade. As pessoas cooperadas vivem melhor. Hoje temos essa triste realidade que a afeta a todos, fome e desemprego. E 6 milhões de homens e mulheres prontos para produzir alimentos saudáveis para saciar a fome”, reivindicou o presidente da entidade, o agricultor Francisco Dal Chavon.

Cooperativismo, ódio e fake news
Ao lado do vice na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), além de sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, do candidato a senador Márcio França, da presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, da deputada Luiza Erundina (Psol) e outros parlamentares, o ex-presidente prestou homenagem a dona Ilza Ramos Rodrigues, de Itapeva, humilhada no último sábado (10) por um bolsonarista que entregava cestas básicas em um bairro da cidade.

“Dona Ilza foi humilhada de modo cruel por alguém sem caráter, humanismo. Um proprietário de terra que recebeu auxílio emergencial. Só podia ser uma pessoa dessas pra ofender alguém como a dona Ilza, que disse que vai votar no Lula com cesta básica ou sem cesta básica”, disse Lula.

O ex-presidente pediu empenho e vigilância contra a intensificação das fake news a 18 dias do primeiro turno, em 2 de outubro. “Nós temos de enfrentar a maior máquina de mentira que ja aconteceu nesse país. Vocês viram o que aconteceu com em 2018 com o Haddad”, lembrou.

Lula voltou a alertar que os adversários estão preparando a “máquina de mentiras” outra vez porque eles não têm verdade para contar. “E por isso a gente tem de estar atento. É importante saber o que é fake news, o que não é, o que é mentira, o que não é, pra gente não deixar passar. É um trabalho de militância, gente. Eles têm robô. Nos não, nós temos gente. Temos sentimento, solidariedade, fraternidade, amor. É esse amor que a gente tem de passar que o robô deles não passa. Não pensem que a responsabilidade é só minha e do Alckmin. Ou só dos deputados. Cada cidadão e cidadã vai ter a responsabilidade pra gente dizer qual é o Brasil que a gente quer.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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