PUBLICADO EM 24 de out de 2022
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Lula: aumento do salário mínimo beneficia o país

Ex-presidente diz ainda que mentiras do atual presidente ‘atrofiaram’ a economia. Ele repetiu que é preciso recuperar a credibilidade do Brasil, depois de um governo “que vive da mentira” e corrói a democracia. Uma “aberração política”, definiu

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou neste domingo (23), a uma semana do segundo turno, que vai retomar a política de valorização do salário mínimo, interrompida pelo atual governo. “No Brasil, sempre se ousou dizer – antes do nosso governo – que não era possível aumentar o salário mínimo porque causava inflação”, disse Lula, durante entrevista coletiva, em São Paulo. Ao lado da presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, ele ressaltou os impactos positivos da recuperação do piso nacional, sem provocar inflação.

“A economia suporta isso. Porque essas pessoas que vão ganhar um pouco mais vão gastar um pouco mais, vão consumir um pouco mais, o governo vai arrecadar um pouco mais, e é uma coisa funciona que funciona perfeitamente bem”, afirmou o ex-presidente. Segundo ele, o investimento em política social e em obras hoje paralisadas, além do investimento privado, fará a economia voltar a funcionar.

Mentira leva a economia “atrofiada”
Para isso, acrescentou Lula, são necessários três fatores: credibilidade, estabilidade e previsibilidade. É preciso também recuperar a imagem externa do país. “Ninguém vem ao Brasil, o Brasil não vai a lugar nenhum, porque ninguém quer receber o presidente. É um governo que não tem credibilidade porque vive da mentira. É um governo que vive de espalhar inverdade. É por isso que a economia brasileira está atrofiada”, disse o candidato.

Ele afirmou que sua campanha vai continuar pedindo direito de resposta para todas as informações falsas divulgadas por seu adversário. “É, na verdade, uma indústria de produção de mentiras. Vamos tentar recompor, tudo que a gente tiver direito vamos brigar para ter direito de resposta”, afirmou Lula, que neste fim de semana conseguiu na Justiça Eleitoral o direito de responder no programa de TV de Jair Bolsonaro. O petista disse ainda que as pessoas precisam votar no próximo domingo “com base numa lógica da verdade”. E que a produção de mentiras “ofende a sociedade e a democracia”. Segundo Lula, a Justiça “tem se esforçado muito para tentar diminuir o ímpeto da mentira”.

Democracia e “aberração política”
“Nós vamos ganhar as eleições. E temos que trabalhar para isso. Conversar com o povo, falar das nossas propostas, a reconstrução do Bolsa Família com R$ 600 por família e mais R$ 150 por filho. E nas redes vamos fazer um trabalho de restabelecer a verdade”, disse ainda o ex-presidente, reforçando que esta não é uma campanha eleitoral comum.

“Porque o que está em jogo neste instante não é mais a campanha de um homem contra outro homem, entre uma mulher contra outra mulher, de um partido contra outro partido. É entre a democracia e a barbárie, entre a paz e a guerra.” As mentiras, disse Lula, funcionam como uma “máquina de destruição dos valores democráticos”. Assim, para “desarmar” a sociedade e pela restauração da democracia, é preciso derrotar o atual presidente. “Se alguém quiser desarmar este país, tem que votar e votar contra o Bolsonaro. Se alguém quiser educação, se alguém quer mais cultura… Porque ele é contra tudo isso. É contra educação, contra livros, contra cultura, contra o aumento do salário mínimo.”

Assim, emendou, é preciso restabelecer a democracia – e não se pode tentar “aniquilar” alguém pode ter ideias diferentes. “Se você não acredita na classe política, no governo e no Poder Judiciário, no que você vai acreditar num regime democrático? A normalidade democrática no dia de hoje tem cara, tem nome. A aberração política neste país tem cara e tem nome, e todo mudo sabe, que é o meu adversário. Que mente descaradamente 24 horas por dia. (…) Esse cidadão sabe que todas as mentiras que ele está contando um dia vai virar processo contra ele, e ele sabe que a Justiça vai tomar uma decisão. Talvez seja isso que ele tenha medo, do seu futuro.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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