PUBLICADO EM 23 de out de 2024
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Luiz Marinho nega que governo pretende mudar seguro-desemprego

Ministro do Trabalho nega redução do seguro-desemprego e classifica notícias como fake news. Entenda a polêmica.

Luiz Marinho nega que governo pretende mudar seguro-desemprego

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, negou que haja discussões no governo sobre mudanças que, na prática, reduziriam o seguro-desemprego.

A fala do ministro foi em reação a notícias veiculadas na semana passada de que os ministérios da Fazenda e do Planejamento estudavam alterações no benefício, incluindo uma proposta que prevê o abatimento da multa do FGTS do valor do seguro-desemprego.

Em seu perfil no Twitter, o ministro afirmou que as notícias sobre redução do FGTS e similares são “fake news” (notícias falsas).

“FAKE NEWS: O Ministério do Trabalho e Emprego NÃO cogita ou realiza QUALQUER debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS.”, escreveu.

No Instagram, Luiz Marinho compartilhou uma notícia que dizia “Corte de gastos: governo Lula propõe fim da multa pós-demissão pago ao trabalhador e redução do FGTS” e também a desmentiu. A postagem foi apagada, mas dizia:

“Não existe esse debate no governo. Pelo menos da parte do Ministério do Trabalho e Emprego nunca houve nem haverá discussão nesse sentido”.

Logo após a publicação da notícia sobre os possíveis planos da equipe econômica de mexer nos direitos dos trabalhadores, a CSB e mais quatro centrais sindicais emitiram uma nota criticando a hipótese, que incluía aceno também a mudanças no abono salarial e no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Tais propostas dos Ministérios de Fernando Haddad e Simone Tebet assentam-se na falácia neoliberal que privilegia o mercado financeiro em detrimento do desenvolvimento social e inclusivo. É uma visão que considera ‘gasto’ investimentos importantes para o povo brasileiro”, diz a nota assinada por CSB, CTB, Força Sindical, UGT e NCST.

Em vez de cortes nos direitos do povo trabalhador e da população mais vulnerável, as centrais apontaram como o equilíbrio das contas públicas pode e deve ser alcançado com um sistema tributário mais justo e progressivo.

“Reiteramos nossa luta para que os ricos paguem a conta da crise através de um imposto sobre as grandes fortunas, taxação dos dividendos, das remessas de lucros ao exterior pelo capital estrangeiro e da revogação dos absurdos e volumosos benefícios fiscais concedidos às petroleiras internacionais”, acrescentaram.

Além de ter assinado a nota unitária, Miguel Torres, presidente da Força Sindical, se pronunciou também via redes sociais:

 

Leia a nota completa: Seguro-desemprego: Centrais sindicais sobem o tom e cobram governo

 

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