O Banco Central do Brasil (BC) anunciou mais um corte na taxa básica de juros do país nesta quarta-feira (8). A Selic sofreu seu sétimo corte, desta vez de 0,25 ponto percentual (p.p.), chegando aos 10,50% ao ano (a.a.).
Apesar da sequencia de cortes na taxa Selic, a Força Sindical emitiu nota criticando a decisão, pois considera pequena e insuficiente.
“Mais uma vez o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central frustra os trabalhadores (as), e se curva aos especuladores. Tragicamente, também em nosso país estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas.”
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, ressalta que a decisão é um verdadeiro prêmio aos especuladores e uma “extorsão para os brasileiros e o setor produtivo”.
“Os juros continuam proibitivos, e o Brasil perde outra chance de apostar na produção, consumo e geração de empregos”, alerta o dirigente na nota.
Leia a seguir a nota na íntegra:
Taxa Selic: queda pequena e insuficiente
Mais uma vez o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central frustra os trabalhadores (as), e se curva aos especuladores. Tragicamente, também em nosso país estamos reféns dos poderosíssimos interesses dos rentistas.
Com a queda de 0,25% ponto percentual (p.p.) a taxa Selic vai a 10,50% ao ano, o que é um verdadeiro prêmio aos especuladores e uma “extorsão para os brasileiros e o setor produtivo”.
Os juros continuam proibitivos, e o Brasil perde outra chance de apostar na produção, consumo e geração de empregos.
Vale destacar que juros altos sangram o País e inviabilizam o desenvolvimento. O pagamento de juros, por parte governo, consome e restringe consideravelmente as possibilidades de crescimento do País, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros.
Essa nefasta política, infelizmente, resulta em queda da atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego, diminui a capacidade de consumo das famílias e compromete em muito o crescimento econômico.
Miguel Torres – presidente da Força Sindical
UGT considera decisão um breque no crescimento econômico
A União Geral dos Trabalhadores também criticou a decisão dos membro do Copom. A queda de 0,25 ponto percentual, de acordo com a direção da entidade “é muito ruim para o País e funciona como um breque no crescimento econômico”.
Em nota, divulgada no site da UGT a direção ressalta ainda que os números mostram que a inflação está sob controle e o cenário é de otimismo em todos os setores.
“O BC ignora esse quadro e toma uma decisão contra a realidade econômica que estamos vivendo, beneficia especuladores, prejudica a sociedade e inibe a geração de emprego”.
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