João Nogueira, cantor e compositor

O Canto do Trabalhador propõe uma reflexão profunda sobre a importância do trabalho, da perseverança na construção da sociedade. Esta canção atemporal continua a ressoar nos corações daqueles que acreditam no poder da ação e na capacidade de superar desafios.

A mensagem central da música é clara: não devemos aguardar passivamente que a vida aconteça, mas sim, devemos ser agentes ativos da nossa própria jornada. É um apelo à coragem e à determinação, convidando-nos a “trabalhar sem fazer alarde” para “pisar com força o chão da cidade”.

Por outro lado, a ideia embutida na frase “vamos trabalhar sem fazer alarde”, embora na música evoque uma intenção de simplicidade e humildade, pode ser interpretada como se o esforço do trabalhador não fosse devidamente valorizado, como se a sua obra simplesmente fosse parte da paisagem.

Canto do Trabalhador
(Composição: Paulo Cesar Pinheiro / Joao Batista Nogueira Jr/1979)
Intérprete: João Nogueira

Vamos trabalhar sem fazer alarde
Pra pisar com força o chão da cidade
A vida não tem segredo
Quem sentado espera a morte é covarde
Mas quem faz a sorte é que é de verdade
É só acordar mais cedo
É só regar, pra alimentar o arvoredo
Por essa luta eu não retrocedo
Pra ver toda a mocidade
Com os frutos da liberdade
Escorrendo de entre os dedos
Que é pra enterrar de uma vez seus medos

Vamos trabalhar sem fazer alarde
Pra pisar com força o chão da cidade
A vida não tem segredo
Quem sentado espera a morte é covarde
Mas quem faz a sorte é que é de verdade
É só acordar mais cedo
Se não mudar, o barco bate no rochedo
E vai pro fundo como um brinquedo
É bom cantar a verdade
Pro povo de uma cidade
E deixar de arremedo
E aí vai virar mais um samba-enredo

É só regar, pra alimentar o arvoredo
Por essa luta eu não retrocedo
Pra ver toda a mocidade
Com os frutos da liberdade
Escorrendo de entre os dedos
Que é pra enterrar de uma vez seus medos
Se não mudar, o barco bate no rochedo
E vai pro fundo como um brinquedo
É bom cantar a verdade
Pro povo de uma cidade
E deixar de arremedo
E aí vai virar mais um samba-enredo.
Que é pra enterrar de uma vez seus medos
Pra isso é só acordar mais cedo…

Fonte: Centro de Memória Sindical