A reportagem de capa do Estadão desta sexta (30) mostra que as redes de supermercados tiveram uma “queda de até 10% nas últimas semanas” e que os consumidores cortaram tudo que não seja básico e essencial. Apesar da desaceleração nas vendas, a subida de preços continua.
Na última quarta, dia 28, o mesmo jornal mostrou que a inflação dos alimentos afetou principalmente os mais pobres: “de janeiro a outubro, a inflação das famílias com renda muito baixa foi de 3,68%, enquanto a da alta renda teve variação de 1,07% A disparada no preço dos alimentos fez a inflação percebida pelos brasileiros mais pobres mais do que triplicar em relação à dos mais ricos em 2020. De janeiro a outubro, a inflação das famílias de renda muito baixa foi de 3,68%, enquanto a da alta renda ficou em apenas 1,07%.”.
A situação foi agravada com a redução do auxílio emergencial e o aumento do desemprego que atingiu 14,4% no fim do terceiro trimestre, segundo o IBGE. O resfriamento econômico e o aumento da pobreza são efeitos em cadeia que apontam para um horizonte de agravamento da crise no país.