O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE recuou 5,6 pontos em março, para 77,6 pontos, menor nível desde junho do ano passado (71,7 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve em tendência decrescente pelo quarto mês consecutivo ao cair 2,9 pontos.
“Em março, a confiança do setor de serviços intensificou a tendência de queda iniciada nos últimos meses. A piora da satisfação dos empresários e aumento do pessimismo em relação ao curto prazo sinalizam as dificuldades do setor diante o recrudescimento da pandemia, aumento das medidas restritivas e cautela dos consumidores. A distância para os níveis anteriores à pandemia segue aumentando e o cenário de elevada incerteza ainda persiste tornando difícil vislumbrar uma recuperação nos próximos meses, enquanto não houver aceleração no processo de imunização e melhora dos números da pandemia”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
A queda do ICS, neste mês, foi disseminada, atingindo 11 dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 4,2 pontos, para 74,4 pontos, menor nível desde julho do ano passado (71,0 pontos). O Índice de Expectativas (IE-S) cedeu 6,7 pontos, para 81,3 pontos, o pior resultado desde junho do ano passado (79,8 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços variou 0,8 ponto percentual, para 83,2%, retornando a nível próximo ao de janeiro.
Setor de serviços fecha em queda no primeiro trimestre do ano
Depois de registrar recuperação na segunda metade de 2020, a confiança de serviços voltou a apresentar dificuldades no primeiro trimestre de 2021. Entre os principais segmentos, o destaque positivo continua sendo dos serviços de informação e comunicação, que caíram menos no início da pandemia e conseguiram iniciar 2021 em alta. Os demais segmentos principais voltaram a registrar queda trimestral no início desse ano e estão mais distantes do nível pré-pandemia.
Fonte: Ibre FGV
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