A taxa de desocupação ficou em 7,6% no trimestre de agosto a outubro. É a menor taxa desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (30) pelo IBGE.
A população ocupada, de 100,2 milhões de pessoas, representa o maior contingente da série histórica iniciada em 2012. Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o nível de ocupação segue tendência de aumento que já havia sido observada no trimestre anterior.
Carteira assinada
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões. Já o número de trabalhadores por conta própria foi de 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,3% (mais 317 mil) frente ao trimestre anterior. O número de empregados sem carteira no setor privado ficou estável e fechou em 13,3 milhões.
Setores que cresceram
O setor que cresceu no último trimestre foi transporte, armazenagem e correio, com expansão de 3,2%, ou mais 172 mil pessoas. No ano houve alta em transporte, armazenagem e correio, alojamento e alimentação, informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Houve redução no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.
Rendimento segue crescendo
O rendimento médio, estimado em R$2.999, teve um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% frente ao mesmo período do ano passado. Uma das explicações, de acordo com Beringuy, é a expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, posição na ocupação normalmente com rendimentos maiores.
A massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa.
Taxa de subutilização fica em 17,6% no trimestre encerrado em outubro
A PNAD Contínua também mostrou que a taxa composta de subutilização ficou em 17,6% no trimestre encerrado em outubro de 2023. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando fechou em 17,4%. Dessa forma, a população subutilizada ficou em 20,1 milhões de pessoas, um recuo de 14% frente ao mesmo período de 2022. Já a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas foi de 5,3 milhões, queda de 14% no ano. A população fora da força de trabalho, por sua vez, foi de 66,8 milhões, um crescimento de 3,2% (mais 2,1 milhões) ante o mesmo tri de 2022.
Já a população desalentada foi de 3,5 milhões, queda de 4,6% ante o trimestre anterior e 17,7% no ano, sendo o menor contingente desde o trimestre encerrado em setembro de 2016, quando foi de 3,5 milhões. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada foi de 3,1%, queda nas duas comparações (0,2 p.p. no trimestre e 0,6 p.p. no ano) e é a menor taxa desde o trimestre encerrado em julho de 2016, quando também marcou 3,1%.
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