Seus 130 empregados, entre motoristas, pessoal de manutenção e administrativo, decretaram a greve na terça-feira (30). Também estão sem transporte os 4 mil alunos da rede pública, servidos por 50 veículos.
O motivo da paralisação é que a empresa não quer reajustar os salários e benefícios da categoria na data-base de maio. Ela apenas concorda em manter os direitos do atual acordo coletivo.
“Ficaremos parados até a empresa apresentar uma proposta aceitável”, diz o vice-presidente do sindicato dos trabalhadores rodoviários de Santos e região, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’.
“O que não podemos aceitar é reajuste zero nos salários, como se a inflação superior a 5% no período de um ano não existisse”, reclama o sindicalista, que presidiu a assembleia.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 5,07% e R$ 1 a mais no vale-refeição de R$ 17, além, é claro, da manutenção dos direitos adquiridos. “Isso é o mínimo que a empresa pode oferecer”, diz Betinho.
Mobilização permanente
O secretário-geral do sindicato, Eronaldo José de Oliveira ‘Ferrugem’, está com a diretoria na porta da garagem da Litoral Sul desde as 4 horas.
“Não arredaremos pé do local até um desfecho satisfatório do movimento”, diz o sindicalista. “Montamos barraca e aqui ficaremos pelo tempo que for necessário”.
A concentração da diretoria e grevistas é na Avenida Alessando Rangel Lima, 1.280, bairro Cibratel, entre a rodovia Mário Covas e o morro da cidade.
O jurídico do sindicato se prepara para acompanhar provável dissídio coletivo na Justiça do Trabalho. O edital de convocação da assembleia foi com base na lei de greve (7783-1989).
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato