Por Paulo Passos – Eles estão no prédio da corporação na praça Mauá, no Centro, após ser detidos a bordo de um navio atracado no terminal de contêineres da Libra, no bairro Estuário.
“Indignado”, o diretor social e de imprensa do sindicato, Sandro Olímpio da Silva ‘Cabeça’, desabafa: “Os empresários mandam mesmo no porto”.
“Além de utilizar mão de obra irregular no lugar dos estivadores em greve”, reclama o sindicalista, “eles têm o poder de fazer com que sindicalistas e trabalhadores sejam detidos”.
Os sindicalistas e os estivadores estavam a bordo aguardando representantes do ministério do trabalho, do ministério público do trabalho e da própria polícia federal.
As autoridades foram requisitadas pela secretaria e departamento jurídico do sindicato, de manhã, para fiscalizar a utilização de mão de obra irregular e até estrangeira no lugar dos estivadores.
“Para nossa surpresa, os agentes da polícia federal chegaram não para punir o terminal, pois a utilização de trabalhadores estrangeiros nos portos é proibida por lei”, diz Sandro.
“Ao contrário, chegaram para deter sindicalistas e trabalhadores que lutam não apenas por seus direitos, mas também pela soberania nacional”, diz Sandro.