PUBLICADO EM 20 de maio de 2024
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Cubatão: Greve de terceirizado da refinaria, na terça, irá ao TRT hoje

Saiba mais sobre a greve dos trabalhadores terceirizados na refinaria. Conheça os detalhes da paralisação e seus desdobramentos

Greve de terceirizado da refinaria

Na foto, assembleia dos operários, na quarta-feira, que prosseguirá nesta terça, diante do portão 10 da RPBC, às 7 horas

A greve dos trabalhadores das empreiteiras em atividade na refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC Petrobras), a partir de terça-feira (21), terá audiência de conciliação nesta segunda (20).

Será no TRT (tribunal regional do trabalho), às 15 horas, requisitada pelas empresas, com pedido de sua ilegalidade. Ela foi decretada em assembleia na quarta-feira (15).

As terceirizadas ofereceram reajuste salarial de 3,23%, na data-base de maio, contra 15% reivindicados pelos trabalhadores, e agora requerem que a paralisação seja considerada abusiva.

Patrões abusados

“Abusivo é o tratamento dado pelos patrões aos empregados que mantêm, com mão de obra especializada e barata, seus altos lucros”, retruca o presidente do Sintracomos, Ramilson Elói.

Sintracomos é o sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial de Santos, baixada e litoral. “Os 3,23% e nada são a mesma coisa”, reclama o dirigente.

“Diante de um custo de vida muito superior aos índices oficiais inflacionários, não poderíamos aceitar a migalha”, disse o sindicalista após a assembleia da semana passada.

Negociação e entendimento

A assembleia continuará às 7 horas de terça-feira, diante do portão 10 da refinaria, para conhecimento do resultado da audiência na justiça do trabalho, mediada pelo desembargador Marcelo Freire Gonçalves.

Vice-presidente judicial do TRT, ele tentará conciliar as partes. Ramilson espera que as empresas concordem em prosseguir as negociações para o “entendimento pregado pelo judiciário trabalhista”.

O sindicalista diz que “os patrões se vitimizam nos argumentos ao TRT, quando, na verdade, as vítimas são os trabalhadores, explorados em benefício de grupos cada vez mais ricos e poderosos”.

“Dizer que a greve colocaria em risco as instalações da fábrica, a segurança operacional, a vida e a integridade física dos trabalhadores e da comunidade é pintar um drama operístico e falso”, diz Ramilson.

“Dramática é a situação dos operários e suas famílias, que vivem dificuldades diárias para morar, comer, se vestir e assegurar necessidades vitais que lhes são negadas pela ganância”, finaliza o dirigente.

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