Greve da Tesla na Suécia tem apoio de outros sindicatos
Os trabalhadores da empresa de carros elétricos Tesla, que tem como dono o bilionário Elon Musk, estão em greve desde 27 de outubro.
A mobilização dos trabalhadores é por melhores condições de trabalho.
A empresa ao contrário, não quer nenhum tipo de negociação com os trabalhadores e, desta forma, outros sindicatos suecos estão se solidarizando em prol dos trabalhadores da fábrica.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Suécia parou de descarregar os carros da Tesla, desde 7 de novembro, em todos os portos da Suécia.
Os trabalhadores podem entrar em greve em 17 de novembro. Outros sindicatos entrarão na solidariedade a partir do dia 17.
As mobilizações podem afetar as oficinas e pontos de carregamentos de carros elétricos, até a limpeza das fábricas da empresa.
O mais recente sindicato a se juntar à ação contra a Tesla é o Sindicato Sueco para Funcionários de Serviços e Comunicações, SEKO.
Os trabalhadores deixarão de entregar correspondências e encomendas à Tesla e em comunicado disse:
“A luta da IF Metall é importante para o modelo sueco de negociação coletiva”.
A IF Metall vem tentando negociar um acordo coletivo para seus membros que atendem e consertam veículos da Tesla na TM Sweden AB há anos.
Apesar dos esforços do sindicato, a Tesla está se recusando a assinar um acordo, dizendo que não se encaixa no modelo de negócios da empresa.
Quando as negociações pararam, a IF Metall lançou uma ação industrial em 27 de outubro em 12 garagens de propriedade da Tesla, adicionando posteriormente outras 20 que também atendem os carros da Tesla.
Um breve breve retorno à mesa de negociações em 10 de novembro não rendeu nada e a IF Metall relata a Tesla usando batentes para garantir os negócios como de costume.
O secretário-geral da IndustriALL Global Union, Atle Hoie disse:
“O modelo sueco em que os empregadores e os sindicatos se envolvem em diálogo social trouxeram um mercado de trabalho estável, onde todos se beneficiam e que serve de exemplo para muitos países ao redor do mundo. A antipatia irracional de Tesla pelos sindicatos não o isenta das regras e a IndustriALL apoia fortemente a IFF e os outros sindicatos suecos que agem.”
Mas esse confronto vai além de defender os direitos dos trabalhadores e dos sindicatos em uma única empresa, em um único país.
Uma vez que a Europa apoia, com razão, tecnologias limpas, como a mobilidade elétrica e novas indústrias emergentes, como a produção de baterias, é vital que esses investimentos conduzam a bons empregos industriais.
Nenhum apoio público deve ser dado a empresas que minam os padrões sociais e se envolvem em falências sindicais.
“Este confronto faz parte de uma batalha maior por uma transformação industrial que é justa para os trabalhadores e molda o cenário das relações industriais e industriais da Europa nos próximos anos”, disse ele”, disse Isabelle Barthes.
informações da Redação Mundo Sindical
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