A primeira medida econômica do novo presidente Jair Bolsonaro foi determinar o valor do salário mínimo. Decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União estabelece que o valor passa a ser de R$ 998,00 a partir desta terça-feira, primeiro dia do ano. A informação havia sido antecipada mais cedo pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Jorge Antônio de Oliveira Francisco.
Em dezembro, o Broadcast/ Estadão antecipou que o valor do salário mínimo ficaria abaixo dos R$ 1.006 aprovados no Orçamento deste ano. Isso porque o reajuste segue fórmula que considera a inflação que, nos últimos meses, veio abaixo do esperado. O salário mínimo hoje é de R$ 954. Pela regra, o valor é reajustado pela inflação medida pelo INPC, mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores – foi de 1% em 2017.
No orçamento, o governo projetou uma alta de 4,20% no índice, mas a variação acumulada em 12 meses até novembro está em 3,56%. Além disso, será adicionado um valor residual de R$ 1,75 porque o INPC em 2017 ficou acima do que foi considerado na definição do mínimo deste ano.
O aumento menor do que o autorizado no Orçamento abrirá espaço no caixa, já que cada R$ 1 de elevação no mínimo implica em R$ 302,8 milhões nos gastos da União. Dois terços dos benefícios previdenciários são corrigidos pelo mínimo, assim como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência e idosos com mais de 65 anos que comprovem ter renda familiar abaixo de um quarto do mínimo por pessoa.
Fonte: O Estado de S.Paulo
João J. B. de Queiroz
É vergonhoso um salário mínimo o qual o valor hora corresponde em média apenas a 1.63 dólar, e o governo ainda defende a informalidade, como se fosse possível fazer-se alguma analogia com países como Estados Unidos ou Canadá por exemplo, aonde o valor hora informal para não qualificados, varia entre 15 e 20 dólares, ou seja, entre R$ 58,65 a 78,20 a hora trabalhada. É claro que é melhor viver nesses paises, mesmo lavando pratos ou vendendo pizza, que ter que se submeter a pagar essa maldita conta subtraída por quem não tem compromisso com a sociedade brasileira. Temos que intensificar a luta para mudar isso, não podemos aceitar pacificamente que o nosso país retroaja a séculos passados.