Rádio Peão Brasil: Você já atingiu o financiamento coletivo para a produção e distribuição de seu novo livro de charges?
Gilmar Machado: Sim! A meta necessária para publicar o livro foi alcançada em uma semana de campanha.
RPB: Por que você está lançando esta terceira edição?
Gilmar Machado: Esta terceira edição faz parte do projeto coleção “Brasil em Charges” que iniciei logo depois do primeiro ano de governo Bolsonaro. O objetivo é que em 2022 tenhamos a quarta edição com a intenção de documentar em charges esta fase completamente tenebrosa da vida política e social do Brasil.
RPB: Até quando os interessados podem participar?
Gilmar Machado: Os apoios podem ser feitos até o dia 4 de janeiro de 2022. Lembrando que, quanto mais cedo fizer o apoio, melhor. O tempo passa rápido e nos trai. Recebo mensagens de pessoas que acabaram perdendo o time e não conseguiram. Essa coleção é todo realizada de maneira independente com o apoio das pessoas afinadas com as propostas e não tem em livrarias para venda.
RPB: Qual o link que devemos acessar?
Gilmar Machado: Para conhecer e fazer o apoio é só acessar o link
RPB: Quais as recompensas?
Gilmar Machado: As recompensas são o livro impresso autografado, livros publicados anteriormente e mimos, como adesivo e marcador de páginas. A plataforma de financiamento sugere que façamos metas estendidas, ou seja, meta extra alcançada garante novos mimos/brindes como sacola, desenho autografado, imã de geladeira etc. Neste ano tem uma opção que, a cada 7 apoios, 1 livro será doado para biblioteca pública ou comunitária.
RPB: Que prêmio internacional você ganhou este ano e por quais trabalhos?
Gilmar Machado: Este ano fui convidado para fazer uma exposição do trabalho de charges que fiz ao longo do governo Bolsonaro até aqui pelo “Salon International de la Caricature, du Dessin de Presse et d’Humour de Saint-Just –le-Martel” que completou 40 anos de sua existência. Recebi o prêmio “Grand Prix Internacional De La Presse Etrangère” durante o evento pelo conjunto da exposição que me deixou surpreso e muito feliz.
RPB: Onde as pessoas podem ver teus trabalhos?
Gilmar Machado: O trabalho que tenho feito de maneira independente pode ser conferido diariamente nas redes sociais. Instagram Facebook Twitter
RPB: Para quem você tem feito trabalhos?
Gilmar Machado: Com esta crise econômica, pandemia e impressos respirando por aparelhos, tenho me dedicado quase que exclusivamente a estes projetos independentes de publicação nas redes e de documentação em livros com estes financiamentos coletivos.
RPB: Qual o principal desafio atual de um cartunista no Brasil e no mundo?
Gilmar Machado: Desafios que não são novos exatamente: questão econômica, escassez em espaços para publicação, adaptação aos meios digitais e também a liberdade de expressão, que pega muito forte atualmente no mundo inteiro.
RPB: O que você espera de 2022?
Gilmar Machado: Ufa! Eu espero este 2022 desde 2019. Tenho esperança que será muito melhor do que o que temos vivido no Brasil nestes anos recentes de política desastrosa, crise sanitária etc. Ano que vem temos que voltar a respirar.
RPB: Você pretende votar no Lula ou no Ciro?
Gilmar Machado: Cartunista, independente de quem ele vota, tem que ter, como princípio profissional e pessoal, a autonomia crítica. Meu voto é de esquerda sempre e meu lápis está afiado tanto para a esquerda quanto principalmente para a direita.
Contatos do Gilmar Machado alogilmar@gmail.com
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