PUBLICADO EM 11 de out de 2021
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Gastos em proteção social totalizaram 3% do PIB mundial durante a pandemia em 2020

Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal.

A política fiscal e de proteção social implementada por 222 países durante a pandemia, em 2020, totalizou gastos de U$ 2,9 trilhões, o que representa 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial conforme aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta em 5/10, pela Revista Tempo do Mundo. De acordo com a pesquisa, Peru e Brasil lideraram o ranking, em termos percentuais, entre as economias emergentes, com gastos de 15% e 14% do PIB doméstico, respectivamente, em programas de proteção social.

O estudo utilizou dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). O levantamento revela que 18% do volume global em políticas fiscais anticíclicas e enfrentamento à covid-19 foram direcionados, em 2020, exclusivamente às medidas de proteção social, visando a preservação do emprego, renda e dos meios de vida das famílias. A média de gastos dos países avançados foi de 27,8% do PIB das economias. Já entre os emergentes, a média ficou em 6,7%, quatro vezes menor comparado às economias avançadas.

A pesquisa contou com o apoio do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG, na sigla em inglês). Os pesquisadores identificaram 903 medidas de proteção social em 129 países do sul global. De acordo com a análise, as medidas de assistência social representaram 53% desse total, seguidas por medidas direcionadas ao mercado de trabalho, 36%, e iniciativas destinadas à seguridade social, 11%.

Para o pesquisador do Ipea, Fabio Veras, coordenador de estudos de governança internacional e políticas comparadas (Dinte/Ipea) e autor do artigo, juntamente com o pesquisador do Ipea Rodrigo Orair, o estudo confirma a importância estratégica dos gastos em proteção social no enfrentamento à pandemia. Porém, reitera a importância do debate projetando o cenário de retomada pós-pandemia. “As medidas fiscais foram uma resposta emergencial, cujos propósitos foram mitigar os impactos econômicos e sociais. Porém, elas não devem ser confundidas com medidas fiscais duradouras de estímulo ao consumo e crescimento econômico. É preciso debater novas alternativas nessa agenda”, argumentou.

Fonte: IPEA

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