PUBLICADO EM 19 de nov de 2022

Gal Costa canta: Meu nome é Gal; música

Gal Costa, cantora brasileira

Gal Costa, cantora brasileira

Lançada em 1969, no emblemático álbum Gal, a canção “Meu nome é Gal” marca um momento de afirmação artística e simbólica da cantora baiana no cenário da música brasileira. Escrita por Roberto e Erasmo Carlos, dois dos principais nomes da Jovem Guarda, a música é ao mesmo tempo simples e revolucionária. Em versos curtos e diretos, Gal proclama seu nome e expressa um desejo de amor livre de preconceitos, barreiras raciais, sociais ou religiosas.

A repetição da frase “Meu nome é Gal” funciona como uma espécie de assinatura afetiva, uma declaração de identidade e autonomia. A letra rompe com padrões de feminilidade idealizada e anuncia uma mulher que escolhe amar por vontade, sem se submeter a convenções. Num Brasil marcado por ditadura e moralismo, o gesto de afirmar que “não faz mal” se o amado não for branco, culto ou perfeito era, e continua sendo, profundamente político.

A interpretação doce e firme de Gal Costa confere à canção um tom de manifesto amoroso: delicado, mas irrefreável — como ela mesma.

 

Meu nome é Gal
(Composição: Roberto Carlos e Erasmo Carlos/1969)
Intérprete: Gal Costa

Meu nome é Gal
E desejo me corresponder
Com um rapaz que seja o tal
Meu nome é Gal
E não faz mal
Que ele não seja branco, não tenha cultura
De qualquer altura
Eu amo igual
Meu nome é Gal
E tanto faz que ele tenha defeito
Ou traga no peito
Crença ou tradição
Meu nome é Gal
Eu amo igual
Ah, meu nome é Gal

Fonte: Centro de Memória Sindical

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