PUBLICADO EM 05 de jan de 2021
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Funcionários do Google conseguem criar sindicato nos EUA

Mais de 200 funcionários do Google nos Estados Unidos formaram um sindicato de trabalhadores, escreveram os líderes eleitos da entidade em um artigo publicado no New York Times nesta segunda-feira.

O “Sindicato dos Trabalhadores da Alphabet” visa garantir que os funcionários trabalhem com um salário justo, sem medo de abusos, retaliação ou discriminação, escreveram os dirigentes da entidade.

O Google está sendo alvo do órgão regulador do trabalho dos EUA, que acusa a empresa de questionar ilegalmente vários trabalhadores que foram demitidos por protestarem contra as políticas da empresa e tentarem organizar um sindicato. O Google disse estar confiante de que agiu legalmente.

“Estamos aproveitando os anos de esforços de organização do Google para criar uma estrutura formal para os trabalhadores”, escreveram os líderes sindicais, acrescentando que até agora 226 funcionários assinaram carteiras sindicais com o Communications Workers of America.

“Nossos funcionários protegeram os direitos trabalhistas que apoiamos. Mas, como sempre fizemos, continuaremos nos envolvendo diretamente com todos os nossos funcionários”, disse Kara Silverstein, diretora de operações de pessoal do Google.

Repercussão positiva

Para João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário geral da Força Sindical, a notícia é muito positiva, em um momento em que o governo Trump tem posições antisindicais naquele país. “A busca de união e formação de sindicato é uma demonstração de que é fundamental responder aos problemas de formas organizada e coletiva”, afirmou o dirigente.

Ainda segundo Juruna, nos Estados Unidos, a organização de sindicato é diferente do que no Brasil. Lá a organização se dá por empresa e não por categoria profissional. A lei diz que para implantar um sindicato em uma determinada empresa, é necessário fazer uma votação: 50% mais 1 decide, a favor ou contra. Se o sim ganha, o sindicato é constituído e negocia por todos. Se o sim perder, aqueles trabalhadores decidiram não ter uma representação sindical naquele local de trabalho.

No Brasil, os sindicato são organizados por categoria profissional, que representa um município no mínimo, podendo ser intermunicipal, estadual e interestadual.

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