PUBLICADO EM 10 de dez de 2021
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Funcionário da Proguaru morre na fila de espera para ser demitido em Guarulhos

José Benedito Pinto, de 70 anos era agente da portaria. Ele trabalhava há 21 anos na empresa, era casado e tinha filhos. Nesta sexta-feira (10), ele com outros funcionários, aguardava a homologação em uma fila em frente ao CEU Continental, quando sofreu um ataque cardíaco. Empresa foi extinta pela prefeitura. Ele chegou a ser atendido pelo SAMU, mas não resistiu.

A ProGuaru – companhia pública de varrição de ruas está sendo extinta em Guarulhos, na Grande São Paulo, e a homologação dos empregados da estatal municipal estava acontecendo no CEU Continental, no Parque Continental II. José Benedito começou a passar mal enquanto aguardava na fila, embaixo do sol forte que fazia na Grande SP na manhã desta sexta (10). Em comunicado à imprensa o Sindicato afirma que a orientação é ninguém assinar a carta de demissão pois a questao do encerramento da ProGuaru está sob judice.

Desde que o prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), anunciou a extinção da sociedade responsável pela limpeza de escolas do município em agosto, os servidores fizeram uma série de protestos. A prefeitura alega que a ProGuaru “dá prejuízo” e diz que vai contratar um serviço terceirizado.

Ao portal G1 o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (Stap) disse que “O que o prefeito está fazendo não é só fechar uma empresa e tirar o serviço, ele está tirando um serviço social de muita importância para a cidade. O nosso pedido continua sendo a não extinção da Proguaru, a manutenção dos 4,5 mil postos de trabalho e a oportunidade da empresa mostrar que a empresa é viável”. O sindicato também se posicionou: “A extinção da Proguaru, tramada na calada da noite em dezembro do ano passado, pelo prefeito que jurara manter a empresa, criou um clima de terror entre os empregados – mais de 4.6 mil, imensa maioria de operacionais (braçais), gente simples e pobre, salários de R$ 1.300,00/1.400,00. A tragédia que estava no ar desceu ao nível do chão e fulminou um trabalhador de 70 anos”.

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade que estava no local prestou os primeiros atendimentos e acionou o Serviço Médico de Urgência (SAMU). Os paramédicos tentaram reanimar o homem, mas ele não resistiu e morreu no local. O corpo foi levado para a UPA Jardim Paulista, de acordo com sindicalistas que acompanharam o caso.

No Dia Internacional dos Direitos Humanos mais um caso triste de abandono e desprezo com o povo trabalhador.

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