PUBLICADO EM 25 de ago de 2021
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Frentistas vão à Brasília reunir apoio contra emenda do autosserviço

Os presidentes das Federações de trabalhadores frentistas e de Sindicatos da categoria foram nessa terça-feira (24) ao Congresso Nacional reunir apoio contra medida que ameaça os empregos de 500 mil trabalhadores e a saúde de todos os brasileiros.

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Trata-se da emenda do deputado Kim Katiguri (DEM-SP) à Medida Provisória nº 1.063, que tem por objetivo revogar a Lei nº 9.956/2000, que desde 2002 proíbe o autosserviço (self-service) nos postos de combustíveis no Brasil. Caso venha a ser aprovada junto com a MP, a emenda poderá causar a extinção dos empregos de mais de 500 mil frentistas, além de expor todos os brasileiros ao risco de manusear, sem treinamento adequado, substâncias tóxicas e explosivas.

“Viemos visitar os deputados e acabamos de ter uma audiência com o Major Hugo (de Araújo Almeida), que é líder do Governo e deputado federal de Goiás, para que juntos possamos unir forças para defender o emprego do trabalhador frentista. É através do trabalho que se constrói tudo o que existe na face da terra. Vamos defender o nosso trabalhador frentista, que é essencial nas cidades e rodovias”, pontuou o presidente da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro), Eusébio Pinto Neto.

Nota conjunta – O dirigente foi ao Congresso Nacional ao lado dos presidentes da Federação dos Frentistas de São Paulo (Fepospetro), Luiz Arraes, do Sindicato dos Frentistas do Distrito Federal, Carlinhos do Mangão, e do Sindicato dos Frentista de Goiás, Hélio Araújo. Eles circularam pelo Congresso com nota conjunta (leia a íntegra) contra a emenda subscrita também pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Luiz Carlos Motta, e pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Além de ressaltar preocupação com o desemprego, já acima dos 15%, e como a a saúde pública, pela exposição dos consumidores a substâncias perigosas, o documento aponta para os ganhos pífios que a medida pode trazer para os revendedores de combustíveis.

“Não é verdade, como afirma erroneamente a Emenda, que a manutenção dos trabalhadores frentistas eleva o preço dos combustíveis. A Petrobras e o governo são os órgãos que determinam esse valor. O salário dos trabalhadores no preço final é insignificante em relação ao preço dos combustíveis. Temos conhecimento de que tal Emenda não interessa nem aos trabalhadores, nem aos revendedores, nem aos proprietários de posto. Acreditamos que ela não será benéfica nem aos usuários, pelas questões já apontadas. Estamos atentos e ressaltamos que diversas entidades de trabalhadores são contrárias à proposta que só trará prejuízos para o Brasil”, assinala o manifesto contrário à emenda.

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